As prévias do PSDB foram finalizadas em novembro com uma grande festa democrática. Após meses de uma campanha acirrada, marcada pelo preparo e a competência dos três candidatos, o governador de São Paulo, João Doria, foi eleito com 53,99% dos votos como o nome do PSDB para a Presidência da República em 2022.
Além dos mandatários que votaram presencialmente, 29.360 filiados participaram das prévias partidárias, escolhendo o seu candidato de forma online. O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, ficou em segundo lugar com 44,66% dos votos. Já o ex-prefeito de Manaus (AM), Arthur Virgílio Neto, obteve a preferência de 1,35% dos tucanos.
“Nesta campanha o Doria é vencedor. Eu tenho muita alegria de dizer que daqui para frente começa uma nova etapa, um novo projeto para o Brasil com Doria presidente”, afirmou. “Doria tem o tamanho que o Brasil precisa.”
Vale lembrar que durante a votação presencial das prévias, a vice-presidente do Secretariado, Thelma de Oliveira (MT), frisou que as tucanas apoiariam o nome vitorioso nas prévias, fosse ele qual fosse. Ela ressaltou que a história do PSDB-Mulher mostra que a democracia só existe se houver igualdade e garantias de participação das mulheres em todas as instâncias do poder – Nacional, Estadual e Municipal.
“O PSDB-Mulher decidiu que não fecharia questão em torno de nenhum candidato, estando unido ao lado daquele que ganhar as prévias. É possível o diálogo, e é possível fazer política”, disse.
Mobilização para as prévias
A Coordenação Executiva do Secretariado Nacional da Mulher/PSDB se reuniu, no começo do mês, para fazer um balanço da mobilização partidária para as prévias e discutir estratégias para impulsionar as candidaturas de mulheres nas eleições de 2022.
Direitos das mulheres
O mês foi de conquista para os direitos das mulheres. A Presidência da República sancionou sem vetos o projeto de Lei Mariana Ferrer, que proíbe que vítimas de crimes sexuais e testemunhas sejam constrangidas durante audiências e julgamentos. A proposta obriga o juiz a zelar pela integridade da vítima em audiências de instrução e julgamento sobre crimes de natureza sexual. Fica assim proibido o uso de linguagem, informações ou material que ofenda a dignidade da vítima ou de testemunhas.
O Brasil também foi condenado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) por um feminicídio ocorrido em 1998. A jovem Márcia Barbosa de Souza, à época com 20 anos, foi assassinada pelo então deputado estadual paraibano Aércio Pereira de Lima, do extinto PFL, hoje DEM. A Corte considerou que a rede de proteção institucional dada pela legislação brasileira ao acusado, que tinha foro privilegiado, garantiu o atraso em seu julgamento e a posterior impunidade do réu, que morreu sem ser condenado pelo crime.
O encontro contou com a presença de deputadas federais e integrantes de várias agremiações partidárias brasileiras, entre elas o Secretariado Nacional da Mulher/PSDB.
Capacitação política
Mobilizadas pelas presidentes estaduais do PSDB-Mulher de todo o Brasil, as participantes discutiram temas como a importância das prévias partidárias, o cenário político e a reforma eleitoral, avanços na representatividade feminina na política e como incentivar a participação de mais mulheres no processo democrático.
Tucanas também concluíram um curso de capacitação política oferecido pela ONU Mulheres, em parceria com a Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso). Ao longo de dois meses, lideranças femininas do partido discutiram os temas “Políticas públicas para mulheres e interseccionalidade”, e “Liderança transformacional para uma maneira diferente de fazer política”.
Tucanas em ação
Na Câmara dos Deputados, a deputada federal Shéridan Oliveira (PSDB-RR) comemorou a aprovação na Comissão de Cultura de um projeto de sua autoria que visa garantir o pleno exercício da liberdade de imprensa. O projeto de Lei 2378/20 tipifica como crime de abuso de autoridade condutas que impeçam ou dificultem o livre exercício do jornalismo.
No Mato Grosso do Sul, a deputada estadual Mara Caseiro (PSDB-MS) foi convidada a assumir a coautoria de um projeto de Lei que institui o Programa de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. Por meio de um aplicativo de celular, vítimas de violência doméstica com medida protetiva poderão pedir socorro.
Já em Goiânia (GO), após o presidente da República Jair Bolsonaro ter vetado a distribuição gratuita de absorventes para meninas e mulheres em situação de vulnerabilidade em outubro, a vereadora Aava Santiago (PSDB-GO) deu início a uma campanha de promoção da dignidade menstrual na capital goiana. Em menos de 30 dias, foram mais de 10 mil absorventes arrecadados.
“Aproveito aqui para parabenizar nosso time da prefeitura! Nada disso seria possível sem a dedicação de vocês. Vamos continuar trabalhando para Caruaru continuar sendo referência para Pernambuco e para o Brasil”, celebrou a tucana.