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Retrospectiva 2021: Abril destacou paridade de gênero e eleição de Tereza Nelma à Procuradoria da Mulher na Câmara

Foto: Gustavo Sales/Câmara dos Deputados

A busca pela igualdade de direitos e a tão sonhada paridade de gênero na política foi um tema prevalente durante o mês de abril de 2021.

No começo do mês, durante debate sobre a representatividade feminina, a presidente do Secretariado Nacional da Mulher/PSDB, Yeda Crusius, relembrou sua trajetória de vida, enquanto mulher, economista, jornalista e figura política, e apontou a tecnologia como uma ferramenta valiosa no fomento de iniciativas que promovam a paridade de gênero.

“A tecnologia não é neutra. Ela serve a sociedade onde ela foi criada. Serve à uma cultura que até hoje é patriarcal, guerreira, excludente e violenta”, considerou.

“Em meio a essa pandemia do coronavírus, tivemos que pensar em formas de fazer uma campanha eleitoral virtual. Fizemos então a Plataforma Digital PSDB-Mulher 2020, oferecemos cursos de capacitação política para as nossas pré-candidatas. Você tem que botar na mão da mulher não apenas o celular, mas o conhecimento de como usá-lo, e a conectividade. Dessa forma, a revolução está plantada, destacou ela.

A possibilidade de veto do presidente Jair Bolsonaro ao Projeto de Lei da Câmara (PLC) nº 130/2011, que combate a discriminação salarial de gênero e prevê multa para empresas que pagarem salários diferentes para homens e mulheres que exerçam a mesma função, também causou polêmicas. Para preservar o projeto, a bancada feminina da Câmara dos Deputados articulou o retorno do texto à Casa.

A bancada feminina do Senado também se mobilizou nas redes sociais em uma campanha pela sanção da proposta. Senadoras de diversos partidos, entre elas a tucana Mara Gabrilli (PSDB-SP), postaram mensagens com a hashtag #PL130SancionaPresidente.

“Congresso aprova lei que multa empresas por diferença salarial entre homens e mulheres, mas Bolsonaro cogita vetar. Mulheres estão cansadas de falta de equidade. Não precisamos de um presidente para perpetuar desigualdades”, pontuou a parlamentar.

Embora a paridade de gênero ainda seja um sonho distante na política brasileira, já é uma realidade no Instituto Teotônio Vilela (ITV) de Pelotas (RS), fundado e presidido pelo tucano Leonardo Martins, de apenas 17 anos. Em sua gestão, a representatividade entre os segmentos é levada a sério: as mulheres compõem 50% do Secretariado, enquanto 40% são ocupados pela Juventude do PSDB e 30% pelo Tucanafro.

Representatividade e desafios

Abril também foi o mês em que a deputada federal Tereza Nelma (PSDB-AL) foi eleita, com 53 votos, para o cargo de Procuradora da Mulher da Câmara dos Deputados para o Biênio 2021-2022. Nas redes sociais, a tucana comemorou o resultado e se comprometeu a seguir na luta por mais representatividade feminina nos espaços de poder.

“Uma honra, um desafio imenso, mas que me dá força para seguir em frente em busca de melhores espaços para nós, mulheres”, destacou.

Já a prefeita de Palmas (TO), Cinthia Ribeiro, falou sobre as dificuldades de ser mulher e gestora em meio à maior crise sanitária da história moderna, causada pela pandemia do coronavírus, ao participar do webinário “Mulheres na Liderança contra a Covid-19”, promovido pelo Instituto Alziras em parceria com a Frente Nacional de Prefeitos (FNP), a Associação Brasileira de Municípios (ABM) e o Nexo Jornal.

“Nosso alinhamento não é político e ideológico. Muito pelo contrário. Nosso alinhamento é a favor de algo que nós não temos como repor, que é a nossa vida”, disse a tucana na ocasião.