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Força-tarefa vai percorrer o Brasil capacitando candidatas, anuncia Yeda Crusius em reunião da Executiva do PSDB

Em reunião virtual da Executiva Nacional do PSDB realizada nesta quinta-feira (03/03), a presidente do Secretariado Nacional da Mulher/PSDB, Yeda Crusius, comunicou o início de uma força-tarefa, neste Mês da Mulher, que vai percorrer as cinco regiões do Brasil para mobilizar, identificar e capacitar lideranças femininas e possíveis candidatas às eleições de 2022.

A tucana destacou que, com as novas regras eleitorais que estabeleceram o peso dois para os votos dados a mulheres e pessoas negras, para fins de distribuição dos recursos do Fundo Partidário e do Fundo Especial de Financiamento de Campanhas (FEFC) entre os partidos políticos, o PSDB-Mulher Nacional assume uma nova responsabilidade.

“Isso interessa a todos os partidos, eleger as mulheres. Quando se tem esse estímulo financeiro, as coisas se mexem, o tabuleiro mexe. A responsabilidade do PSDB-Mulher é identificar, mapear em todo o Brasil, mulheres com capacidade de serem eleitas. E para isso, o PSDB-Mulher dá continuidade ao que sempre fez, desde 1998, que é mobilizar, capacitar, e daí por diante”, afirmou Yeda.

“Nós criamos uma força-tarefa, composta de mulheres do PSDB das cinco regiões, que vai rodar o Brasil. Vão conversar com as lideranças estaduais. A gente não conversa só em mulheres, ou com mulheres. A gente quer que as mulheres participem mais ativamente dos resultados da política e do próprio fazer político”, disse.

Os encontros serão iniciados por Palmas (TO), capital comandada pela prefeita Cinthia Ribeiro (PSDB), e deverão ser realizados desde onde os diretórios do PSDB-Mulher mais precisem de organização até onde estão mais estruturados. A partir dessas conversas, o Secretariado Nacional vai elaborar as Bandeiras Eleitorais que deverão nortear as campanhas das candidatas tucanas, refletindo a realidade pós-pandemia e as principais preocupações da mulher brasileira.

Presidente do PSDB em Santa Catarina, a deputada federal Geovania de Sá elogiou a iniciativa do PSDB-Mulher Nacional e pediu que o seu estado fosse incluído na força-tarefa. Ela relatou os seus esforços para ampliar a bancada federal de mulheres de SC.

“Aqui em Santa Catarina, a gente identificou que dentre os deputados federais, podemos aumentar nossa bancada e eleger de dois a três, e os mais prováveis podem ser mulheres. Nós estamos tentando mobilizar a vice-prefeita de Blumenau, a segunda maior cidade do estado de Santa Catarina, que é uma grande liderança, Maria Regina Soar, para que ela venha federal, e também a Norma Pereira, que é a minha primeira suplente”, apontou.

“Essa colocação da Yeda me motiva muito, porque realmente mostra o seu trabalho em prol das mulheres do PSDB no nosso país”, acrescentou Geovania.

Mudanças no Estatuto

Durante a reunião, a Executiva do PSDB também aprovou a adequação do seu Estatuto à Lei 14.192/2021, que estabelece normas para prevenir, reprimir e combater a violência política contra a mulher, nos espaços e atividades relacionados ao exercício de seus direitos políticos e de suas funções públicas. A legislação também assegura a participação de mulheres em debates eleitorais e dispõe sobre os crimes de divulgação de fato ou vídeo com conteúdo inverídico no período de campanha eleitoral.

A emenda ao Estatuto deverá ser referendada na próxima Convenção Nacional do PSDB. Na ocasião, a Executiva também decidiu, por unanimidade, delegar ao presidente do partido, Bruno Araújo, a prerrogativa de consolidar a Federação partidária com o Cidadania, quando concluídas as formalidades necessárias.

Para Yeda Crusius, a inclusão de dispositivos que previnam a violência política de gênero no Estatuto do PSDB é importantíssima para que os demais segmentos do partido também lutem para conquistar os seus direitos por Lei, a exemplo do que faz o Secretariado Nacional da Mulher/PSDB.

“A gente já tem como decisão os 30% de candidaturas [femininas], a responsabilidade pelos 30% do Fundo Eleitoral, os 5% do Fundo Partidário, e tem dado certo. Não se colocou sobre o PSDB, o partido, nenhuma acusação de candidaturas laranja, de mau uso do recurso público, de falta de uso dos 5% para capacitação. Tenho muita alegria nesse meu segundo mandato de presidente do PSDB-Mulher Nacional – o primeiro foi na fundação, em 1998 – de ver que quando juntos, os homens e as mulheres do partido, o PSDB dá lição nos outros partidos em termos de organização das mulheres e resultados das mulheres nas campanhas eleitorais”, avaliou.

A presidente do Secretariado Nacional também conclamou as mulheres de todo o Brasil a procurarem o auxílio do PSDB-Mulher para viabilizar suas candidaturas e aumentar a representatividade feminina na política.

“Estamos com o bloco na rua, acabado o Carnaval. Nossa força tarefa está andando”, pontuou.

“Podem nos procurar que a gente vai aonde o estado quiser para capacitar mulheres e buscar fazer aquilo que nós fizemos em 2018, quando pela primeira vez o Fundo Eleitoral nos permitiu praticamente dobrar a bancada federal de mulheres do PSDB na Câmara dos Deputados. O poder do partido, nós estamos vendo por essa época, está nos federais eleitos. Quanto mais mulheres, mais Fundo Partidário e mais respeito da sociedade para nós”, concluiu Yeda Crusius.