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Yeda Crusius: Só com mais mulheres na política, a casa será reconstruída

Foto: Ailton de Freitas/ObritoNews

Ao participar do Painel “Desafios do Brasil pós-pandemia”, a presidente nacional do PSDB-Mulher, Yeda Crusius, ressaltou, neste domingo (21/11), que para “construir a casa”, numa alusão à reconstrução do país, é necessário ter “mais mulheres na política”, além de base em três pilares: educação, saúde e geração de emprego e renda. O debate fez parte do evento das prévias para a escolha do candidato tucano para a Presidência da República em 2022.

“A pandemia mostrou uma falha essencial na linha do tempo do desenvolvimento do Brasil: as pessoas não sabem o que é bactéria e o que é vírus. O objetivo do vírus é usar o organismo vivo para ir se multiplicando. A gente só consegue ganhar dele pela ciência e educação”, ressaltou Yeda, sendo aplaudida pelos presentes.

Para a tucana, a construção desta “casa” se sustenta em políticas públicas que integram mais mulheres como participantes, e a partir da educação. “Onde começa uma sociedade que não é justa? Começa naquele bebê, naquela mãe, naquela família, para quem não dão condições básicas. Em primeiro lugar, colocar a educação!”

Fazendo um paralelo sobre os impactos da Covid-19 na sociedade, Yeda lembrou que o coronavírus ataca o sistema imunológico, levando a memória a falhar, enfraquecendo os sistemas digestivo e muscular. “O vírus é inteligente demais. Se a gente não tratar de conhecê-lo, vamos ter uma sociedade de sequelados.”

Em seguida, a presidente do Secretariado Nacional da Mulher/PSDB reiterou a importância de investimentos na saúde. “O segundo pilar para mudar essa sociedade injusta, antidemocrática, é a saúde. A vacina é que nos dá a proteção”, disse ela. “Estamos regredindo”, acrescentou.

Para Yeda Crusius, é fundamental dar atenção à educação e saúde para garantir condições de geração de emprego e renda. Ela lembrou que o momento atual é o da tecnologia, do home office e do ensino a distância. “Com salários iguais, por favor”, disse. Mais uma vez fazendo alusão à construção de uma casa, ela destacou: “O teto é dar sustentabilidade naquela casa: chove, mas não chove dentro. Você tem de ter a casa brasileira refeita. Respeito aos que fizeram antes”.

Durante o debate, ela destacou ainda que o presente é construído também com experiências positivas conquistadas ao longo da história. “Direito ao voto é um deles. Mulheres morreram pelos sufragistas. Eu chamo de “machista” todo Estado que continua sem eleger mulheres”, frisou, sendo aplaudida pela plateia.

Por fim, Yeda Crusius condenou quem defende princípios contrários aos científicos. “A ignorância é aquela que diz: ‘Você não precisa usar máscara’”, afirmou. “Hoje eu me dedico a [lutar por] mais mulheres na política, porque sozinhas nós vamos só brigar. Para frente e com apoio, nós vamos nos desenvolver.”

Assista a participação completa de Yeda Crusius no painel:

Expectativas

Tucanas de todo Brasil chegaram cedo, neste domingo (21/11), ao Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília (DF), onde governadores, prefeitos e prefeitas, vices, senadores e senadora, deputados e deputadas, além de dirigentes do PSDB, participam ativamente da escolha e votação presencial nas prévias que vão definir o candidato do partido à Presidência da República. Unidas, as mulheres afirmam que este é o momento maior da democracia interna do PSDB e demonstração de unidade.

Aproximadamente 44.700 tucanos e tucanas participam das prévias, que vão escolher entre os pré-candidatos Arthur Virgílio Neto, ex-prefeito de Manaus (AM), Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, e João Doria, governador de São Paulo.