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Papa Francisco nomeia primeira mulher com direito a voto no Sínodo dos Bispos

Papa Francisco escolheu Nathalie Becquart para ser subsecretária do Sínodo dos Bispos. Foto: Reprodução/Vatican News

O Papa Francisco nomeou duas mulheres para cargos no Vaticano anteriormente ocupados apenas por homens, em movimentos que dão às mulheres mais autonomia na Santa Sé, dominada por homens.

Francisco escolheu Nathalie Becquart, ex-diretora do Serviço Nacional para a Evangelização da Juventude e das Vocações da Conferência dos Bispos da França, no sábado (6/2) como subsecretária do Sínodo dos Bispos, um departamento que prepara os principais encontros de bispos mundiais.

Becquart dividirá as responsabilidades do cargo com o Padre Luis Marín de San Martín, até agora Assistente Geral da Ordem de Santo Agostinho.

Como subsecretária do Sínodo dos Bispos ela terá o direito de votar em assembléias que, até agora, só tinham a presença de homens. Becquart tem 52 anos e é relativamente jovem para os padrões do Vaticano.

No dia anterior, Francisco nomeou a magistrada italiana Catia Summaria como a primeira mulher Promotora de Justiça no Tribunal de Apelações do Vaticano.

Mulheres participaram como observadoras e consultoras em sínodos anteriores, mas apenas os “padres sinodais”, incluindo bispos e representantes masculinos especialmente nomeados ou eleitos, podiam votar os documentos finais enviados ao papa.

Durante um sínodo em 2018, mais de 10.000 pessoas assinaram uma petição exigindo que as mulheres pudessem votar.

“Uma porta foi aberta. Veremos que outros passos podem ser dados no futuro”, disse o cardeal Mario Grech, secretário-geral do Sínodo, ao site oficial Vaticano News.

Ao mesmo tempo que defende a tradição da Igreja que proíbe as mulheres padres, Francisco criou comissões para estudar a história das mulheres diaconisas nos primeiros séculos da Igreja Católica, respondendo aos apelos de mulheres para que pudessem assumir o papel hoje.

No ano passado, de uma só vez, Francisco nomeou seis mulheres para cargos importantes no conselho que supervisiona as finanças do Vaticano.

Com informações da agência Reuters e da CNN