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Nota de repúdio do PSDB-Mulher

O PSDB-Mulher vem à público repudiar os insultos dirigidos a autoridades mundiais, pelo único fato de serem mulheres, envolvendo a elas e suas famílias.

Nesta semana, infelizmente e repetitivamente, manifestações públicas de autoridades brasileiras acabaram envergonhando todas nós mulheres e a própria sociedade brasileira, por seu cunho discriminatório e incivilizado, que mancham a imagem do país.

Os ataques mais recentes, e graves, foram dirigidos ao povo chileno pelo presidente Jair Bolsonaro, como resposta à uma nota da comissária da ONU para os Direitos Humanos, a ex-presidente chilena Michelle Bachelet, sobre a redução da democracia no Brasil.

A resposta, se julgada oportuna, deveria ser dada de forma oficial, mas foi dirigida genericamente ao país irmão, exaltando o regime militar de Augusto Pinochet pela morte do pai de Bachelet. As declarações de Bolsonaro desencadearam críticas pelo mundo todo, em especial do atual presidente chileno Sebastián Piñera.

Os insultos anteriores foram dirigidos à primeira-dama francesa Brigitte Macron, numa reação às críticas do presidente da França. Emmanuel Macron, ao governo brasileiro pelas queimadas na Amazônia. Sentimo-nos atingidas, como segmento que trata das questões relativas a políticas públicas e valorização das mulheres, pelos ataques de cunho machista e misógino chancelados via tuíte pessoal do presidente Jair Bolsonaro, e reiterados ontem em palestra pública pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.

Qualquer democracia pressupõe o convívio com o contraditório e nada justifica as ofensas de um presidente da República ou de um ministro de Estado a ninguém, muito menos pelo simples fato dessa pessoa ser uma mulher. Lamentavelmente, episódios como estes mancham a imagem do Brasil perante o mundo e mostram como a luta das mulheres brasileiras pela dignificação dos cargos públicos, por respeito e igualdade, ainda está longe de terminar.

Brasília, 6 de setembro de 2019

Yeda Crusius – Presidente Nacional do PSDB-Mulher