O desalento, pessoas que desistem de procurar um emprego, cresceu no último ano. O fenômeno tem incidido mais entre mulheres (54,3%), pessoas da Região Nordeste (59%), com baixa escolaridade (50%), jovens e adultos de 18 a 24 anos (25%) e indivíduos que não chefiam uma família (70%). Esses são os dados de estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), que analisou a Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), feita pelo IBGE, referente ao 2º trimestre de 2018.
Presidente do PSDB-Mulher do Acre e candidata a deputada federal, Mara Rocha, acredita que isso tem acontecido pela falta de oportunidades de emprego. “Todo mundo quer ter o seu trabalho, acho que não tem quem não queira ter, tanto homem, quanto mulher. O que falta mesmo é oportunidade para as pessoas, acho que quem desistiu é porque já cansou de ir atrás e não encontrar devido à crise que a gente vive hoje”, lamenta.
Segundo o estudo, 4,833 milhões de pessoas sem ocupação desistiram de procurar emprego no período, cerca de 200 mil a mais que no trimestre anterior.
“Na realidade não tem postos de trabalho. Aqui no nosso estado, a gente tem uma economia travada, a população vive do governo, do funcionalismo público e prefeituras. Para ter uma ideia, o meu estado é o terceiro que mais recebe o bolsa família. Eu acredito que cada região tem uma realidade diferente. Aqui tem muita gente, homens, mulheres procurando emprego e não tem emprego para as pessoas. Realmente o Brasil está passando por uma crise, as pessoas buscam trabalho, mas não tem postos de trabalho”, acrescentou Mara Rocha.
O presidente do Ipea, Ernesto Lozardo, disse, em entrevista a Agência Brasil, que a redução do percentual de desalento depende da volta do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), além da melhor formação da força de trabalho.
Mara Rocha acredita na melhoria da situação com o tucano Geraldo Alckmin na Presidência do país: “Independentemente de ser homem ou mulher é uma situação muito crítica, as pessoas não tem trabalho, mas não é porque não querem é porque o Estado não tem como oferecer. Não tem indústria, não tem incentivo à produção, não tem nada. Tenho esperança que isso mude com nosso presidente Geraldo Alckmin, se Deus quiser, lutar pelo progresso e desenvolvimento aqui da nossa região amazônica”.
Reportagem Karine Santos – estagiária sob supervisão