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Rosa Weber assume o TSE com o desafio organizar as eleições

EBC

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, assumiu nesta semana a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ela é a segunda mulher a comandar a Justiça Eleitoral em seus mais de 70 anos de existência. O primeiro desafio de Rosa Weber, que terá mandato até agosto de2020, será a organização das eleições deste ano.

Rosa Weber era vice-presidente do TSE e sucedeu o ministro Luiz Fux, que deixou o posto após o mandato de dois anos. Em seu discurso de posse, Rosa Weber disse que o tribunal tem o papel de fortalecer a democracia no país. “Os desvios, as deficiências na educação e na cultura, a desigual distribuição de riqueza, a corrupção de agentes públicos e privados não podem, em absoluto, obscurecer uma ideia de que o poder emana do povo e em seu nome será exercido”, declarou.

O TSE é formado por sete ministros: três do STF, dois do Superior Tribunal de Justiça (STJ), além de dois integrantes da advocacia.

“O resultado das eleições será determinado pela soberania popular, que tem como pilar sufrágio universal por meio secreto e direto, com igual valor para todos. Cabe à Justiça Eleitoral assegurar a normalidade e a legitimidade das eleições”, afirmou Rosa Weber.

Com Rosa Weber no comando do TSE, o Brasil contará com três mulheres na presidência de tribunais superiores. Também estão sob o comando feminino a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Advocacia-Geral da União (AGU). Dos 33 ministros do STJ, seis são mulheres

Rosa Weber tem 69 anos, nasceu em Porto Alegre e construiu sua carreira como magistrada da Justiça do Trabalho no Rio Grande do Sul. Foi o voto da ministra que garantiu os 30% dos recursos do Fundo Eleitoral para candidatas mulheres nas eleições deste ano.