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Seis candidatas representarão as mulheres tucanas de Mato Grosso do Sul nesta campanha eleitoral

Com quase dois milhões de eleitores no Estado, as mulheres sul-mato-grossenses são a maioria na hora de votar.  Representando 52%, elas chegam a quase 980 mil, de acordo com o último levantamento realizado pelo Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS). No entanto, na hora de representatividade política, os números ainda são baixos. Nesta campanha, o PSDB-MS terá três mulheres concorrendo como deputada federal e três que disputarão o pleito estadual. Em seus discursos, as seis candidatas defendem a ocupação e lutam por mais mulheres na política.

A vice-governadora Rose Modesto, a vereadora de Ponta Porã, Anny Espíndola e a ex-secretária Especial de Cidadania e Direitos Humanos de Corumbá, Bia Cavassa, são as candidatas tucanas que almejam o cargo em Brasília.

Para Rose, a representatividade feminina ainda é muito pequena diante do número de deputados federais eleitos, que na sua grande maioria são homens, por isso a participação das mulheres nas disputas eleitorais é fundamental, e acredita que sua candidatura vem contribuir com esse processo. Ela fala da importância de se ter uma deputada ou mais deputadas federais do nosso Estado eleitas pelo PSDB, e da sua luta pela questão da educação e a social.

“Pra mim vai ser uma honra muito grande, uma alegria enorme poder representar Mato Grosso do Sul, fazer isso pelo nosso país. Além disso, é preciso também a luta de leis, onde passei como vereadora e também como vice-governadora, o trabalho que eu fiz a minha atuação como secretária de Direitos Humanos e Assistência Social em defesa de políticas públicas relacionada as questões das mulheres como o combate a violência, o fortalecimento e o empoderamento feminino”.

Disputando o mesmo pleito, a vereadora de Ponta Porã Anny Espíndola disse que atendeu a um convite do partido e que, apesar de não ter sido uma decisão fácil, aceitou o desafio porque estará contribuindo no Congresso Nacional, para viabilizar a governabilidade que o futuro presidente, Geraldo Alckmin, vai precisar.

Anny também concorda que o espaço que a mulher ocupa na política ainda é muito pequeno e que esta situação precisa ser revertida com urgência. Ela comemora projetos que conseguiu aprovar durante seu mandato.

Entre os trabalhos realizados, fiz uma que garante maior atenção às mulheres trabalhadoras, especialmente as mães, nas escolas da Rede Municipal de Ensino. São mais de 12 mil mulheres nesta condição. Ainda existem muitas questões que precisam ser avaliadas em âmbito nacional. E, os debates ficam mais ricos, quando a mulher está presente”.

Conhecida pela sua atuação com a população de Corumbá, a ex-secretária Especial de Cidadania e Direitos Humanos da cidade, Bia Cavassa, inicia sua trajetória como candidata este ano. Ela diz que aceitou o desafio por acreditar que em uma política séria onde deve haver a participação de homens e mulheres para que de fato trabalhem para um bem comum.

Com sempre foi coadjuvante na política, já que seu marido era o então candidato e, posteriormente o prefeito de Corumbá, Bia conta que em todas as pastas que trabalhou sempre discutiu sobre o empoderamento feminino. Ao perder seu marido em 2017, ela sentiu a necessidade de continuar o legado que ela havia construído durante esses anos e, principalmente mostrando as outras mulheres que é importante sim a participação feminina na política.

“Coloquei meu nome à disposição do meu partido e de toda a população sul-mato-grossense para colocar em prática aquilo que penso que é de ter mais mulheres na política. A presença feminina é indispensável porque somente uma mulher sabe e conhece realmente a necessidade de outra mulher e temos de criar mais políticas públicas voltadas para nós. Além disso, precisamos aumentar o número de mulheres, da nossa representatividade, por isso resolvi aceitar este desafio e, talvez assim, a gente consiga encorajar para que mais mulheres participarem”.

Na esfera estadual, temos a deputada Mara Caseiro, Dione Hashioka e Roseli Martins. Como presidente estadual do PSDB – Mulher, Mara Caseiro vem para seu terceiro mandato. Nestes oito anos na Assembleia Legislativa, ela fala das bandeiras que lutou em prol das mulheres, como o combate da violência contra a mulher, a reserva de vagas de 5% de emprego às mulheres na construção de obras públicas e a prioridade de matrículas nas escolas das redes púbicas para filhos de mulheres vítimas de violência doméstica.

Ela reforça que as mulheres precisam ocupar os seus espaços de poder, mas para que isso ocorra é necessário o aumento de candidaturas femininas para que assim ocorra a maior participação da mulher na política.

“Hoje temos poucas representantes mulheres tanto no Congresso Nacional como nas Câmaras e Prefeituras. Na Assembleia, somos três mulheres em um universo de 24 parlamentares. Não podemos acomodar e muito menos nos omitir. Sabemos das dificuldades que as mulheres enfrentam por conta da jornada dupla, e muitas vezes até tripla, mas é de extrema importância que nós participamos deste meio, levamos nossas propostas porque sabemos a sensibilidade da mulher, seu olhar de mãe e o compromisso faz a diferença”.

Dione Hashioka, que já foi deputada estadual e está se candidatando ao cargo novamente, diz que concorre a uma vaga na Assembleia Legislativa porque acredita que através do seu mandato pode fazer ainda mais por sua região e Estado, como fez anteriormente.

Ela fala que a presença da mulher na política é extremamente importante e que as mulheres precisam ocupar o que é de direito. “Hoje, com 30% do fundo partidário para as nossas candidaturas, temos que ocupar o nosso espaço, para que em igualdade com os homens, possamos participar das ações políticas, que interferem no dia a dia do cidadão. Acredito na política de igualdade e na força da mulher”.

Para Roseli Martins, a candidatura veio como um presente e um desafio que ela aceitou.  Da cidade de Paranaíba, ela é esposa do ex-prefeito , Zé Braquiara, e diz que o homem é mais durão e que as mulheres tem o coração mais voltado para o amor.

“Nós mulheres temos que ter nosso espaço, nossas oportunidades. Eu decidir me envolver na política pelo que tenho visto acontecer. Hoje o pensamento é só em si e não no próximo, e eu quero fazer a diferença”.

*Do PSDB de MS