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Para Nancy Thame, olhar inclusivo da mulher agrega valor ao trabalho no campo

As barreiras encontradas pelas mulheres em seu desenvolvimento no setor agropecuário inspiraram duas jovens produtoras a unir forças para o bem comum. O projeto “Garupa”, da pecuarista Verena Bannwaert, e o grupo “Mulheres do Agro”, da cidade de Mineiros, no sudoeste de Goiás, trabalham para que experiências sejam trocadas entre as mulheres atuantes no setor.

Para a 1ª vice-presidente do PSDB-Mulher e vereadora de Piracicaba (SP), Nancy Thame (PSDB-SP), formada em agronomia pela USP, tal troca de experiências é essencial para o fortalecimento não somente das mulheres que trabalham no campo, mas de uma forma geral.

“Esta corrente é importante para que elas se fortaleçam, não se sintam solitárias naquele empreendimento. Dessa forma, elas vão abrindo espaço para ter mais voz no ramo, que ainda é muito masculino. Na maioria dos casos, quem toma a frente nas propriedades rurais ainda é o homem”, pontuou Nancy.

A vereadora ressaltou que o olhar e o cuidado feminino são os grandes diferenciais, além de um crescimento do número de estudantes mulheres em cursos como agronomia nas universidades. “Aqui na USP, já somos 50% das alunas, na minha época esse número não chegava a 17%. A mulher tem um olhar inclusivo, cuidadoso, em termos de técnica e até mesmo de força, não temos dificuldade alguma”, destacou Nancy.

O projeto “Garupa” foi criado em 2017 após uma conferência e São Paulo onde mais de mil mulheres do agronegócio estiveram presentes. Depois de receber algumas orientações sobre como empreender na área, Verena Bannwaert notou a necessidade de que aquilo se replicasse com as demais mulheres de sua região.

Ideia parecida é vista no sudoeste de Goiás, com o grupo “Mulheres do Agro” que, em parceria com os sindicatos locais, conseguiu reunir cerca de 100 mulheres do agronegócio no processo de troca de experiências. No projeto, as agricultoras recebem capacitação e assistência para pôr em prática melhores técnicas em suas propriedades.