Opinião

“Dia Internacional da Mulher, dia de se comemorar? ”, por Luciana Loureiro

Depende do ponto de vista: se falarmos na questão da violência contra a mulher, os números são alarmantes. Hoje temos uma ferramenta poderosa que nos auxilia no combate às agressões, a Lei Maria da Penha, que trouxe em um de seus dispositivos a possibilidade do agressor ser preso, não aceitando mais como alternativa de pena pagamento de cestas básicas como era no passado.

Antigamente, as mulheres só trabalhavam em casa cuidando dos afazeres domésticos. Agora ocupamos cada vez mais as vagas no mercado de trabalho: cargos identificados culturalmente como masculinos como, por exemplo, pilotos de avião, maquinistas de trem, motoristas de ônibus, engenheiras, pedreiras, mestres de obras, operadoras de máquinas pesadas, arquitetas, entre outras profissões.

As mulheres estudam mais que os homens, mas poucas chegam aos cargos de chefia. Uma batalha que estamos enfrentando e tenho certeza que vamos vencer.

No mundo da política, não tínhamos nem direito ao voto e hoje podemos exercer a plena cidadania, votar e ser votada. Temos ainda algumas leis de cota que preservam a participação da mulher na política com a garantia de participação mínima de 30% nas chapas de candidaturas nas eleições, com a participação de 5% no uso do fundo partidário destinado a participação da mulher na política.

Elegemos vereadoras, deputadas estaduais, deputadas federais, senadoras, governadoras e já ocupamos o maior cargo que é o da Presidência da República.

Vejam que seguimos avançando, no meu ponto de vista.

*Luciana Loureiro, advogada, coordenadora Jurídica do PSDB-Mulher do DF, membro fundadora da Academia Brasileira de Direito Eleitoral (ABRADEP) e mãe do Bento.