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Tucanas participam da IV Reunião do Fórum de Mulheres de Instâncias de Partido

O PSDB-Mulher, representado pela coordenadora jurídica a advogada Luciana Loureiro (PSDB-DF),  integrou a IV Reunião do Fórum de Mulheres de Instâncias de Partido cuja duração foi de dois dias em locais distintos. A primeira etapa ocorreu na sede das Nações Unidas, em Brasília, e o segundo encontro foi no Salão Nobre da Câmara.

Para Luciana Loureiro, a reunião foi fundamental para traçar um panorama sobre a representatividade feminina em todas as esferas do Poder no país.

“Foi apresentada pela Márcia uma pesquisa feita pelo Ibope/Inteligência para as eleições municipais de 2016, que traçou o perfil da eleitora brasileira nos municípios. Constatou-se, mais uma vez, que são as mulheres que decidem o resultado final das eleições”, afirmou a tucana

Espaços

Em discussão, a necessidade de mais mulheres participarem dos diversos espaços políticos e os temas em pauta no Senado e na Câmara de interesse femininos. Os debates fazem parte das comemorações pelo Dia Internacional da Mulher, 8 de março, e dos 30 anos de promulgação da Constituição de 1988.

Participaram dos debates representantes de segmentos femininos de partidos políticos (PSDB, MDB, REDE, PSB, PT, PCdoB, PSD, PSC, PDT, PPS), Nadine Gasman, da  Organização das Nações Unidas (ONU) Mulheres no Brasil, Jacira Melo, do Instituto Patrícia Galvão, a presidente do Ibope Inteligência, Márcia Cavallari, e os embaixadores da Suécia e do Reino Unido.

Nações Unidas

Na primeira etapa dos debates, Luciana Loureiro disse que foi discutida a necessidade de incentivar o diálogo entre a ONU Mulheres, representantes femininas no Congresso, pesquisadoras e especialistas na busca de caminhos para ampliar a participação na política.

Desde 2006, o PSDB participa do Fórum de Mulheres com as presenças das tucanas Lêda Tâmega (DF), Eliana Piola (MG) e Sandra Quesado (DF), além da advogada Luciana Loureiro (DF).

Segundo Luciana Loureiro, as mulheres deixam para última hora a decisão sobre quem votar nas eleições, um risco e uma ameaça às possibilidades de opções mais elaboradas.“A pesquisa [apresentada pelo Ibope Inteligência] revelou que a brasileira trabalha e geralmente tem dupla jornada, então, a primeira preocupação dela é desempenhar bem o trabalho que ela exerce e depois chegar em casa e fazer bem suas funções domésticas. Só depois é que ela vai se preocupar em analisar o melhor candidato para votar”, disse.

Para a assessora jurídica, a eleitora mulher sabe bem quais são as prioridades de um político na gestão dos recursos públicos: saúde, segurança, educação, transporte público, igualdade entre homens e mulheres e participação popular.

Questionamentos

Luciana Loureiro relatou que a maioria das participantes levantou o questionamento sobre a discrepância existente entre o número de eleitoras mulheres (52% da população) e a falta de representatividade nas esferas de poder.

“Se nós [mulheres] somos a maior parte dos eleitores por que é que isso não se reflete na representação política e no parlamento? Porque eu essa conta não fecha? ”, questionou a tucana.

As  respostas para as perguntas foram o pouco estímulo, a má aplicação das cotas e reservas de vagas, além da má distribuição do fundo partidário.

“A reclamação foi quase em bloco de que os partidos não deixam as mulheres usarem de fato os 5%. Elas mencionaram que há manipulação da verba destinada aos segmentos femininos e também relataram, quase que por unanimidade, problemas na prestação de contas”, afirmou a tucana.

A solução proposta pelas representantes das legendas foi um mecanismo melhor de controle e de fiscalização para o destino do fundo partidário. “Esse controle não deve ser feito só internamente, como também dos órgãos fiscalizadores”, acrescentou Luciana Loureiro.

Câmara

Após o primeiro debate na sede da ONU Mulher, houve uma segunda reunião na Câmara, quando as representantes dos partidos políticos tiveram a oportunidades de dar sugestões e apresentar propostas de melhoria da representatividade feminina na política.

Luciana Loureiro expôs como o PSDB-Mulher administra e utiliza os 5% de recursos que dispõe de acordo com o repasse do comando da legenda: “Tive e oportunidade de falar sobre o nosso próximo curso de capacitação, em Porto Alegre, no próximo dia 15 de março. As palestras serão destinadas às nossas pré-candidatas paras próximas eleições”, afirmou.

Em seguida, a tucana acrescentou que: “Abordamos as candidaturas ‘laranja’, distribuição do tempo da propaganda eleitoral e divisão do Fundo eleitoral. Foi solicitada uma agenda com o TSE [Tribunal Superior Eleitoral] e o MPE [Ministério Público Eleitoral] para tratar dos assuntos por intermédio da Secretaria da Mulher da Câmara e Procuradoria da Mulher do Senado”, relatou.

No último dia da IV Reunião do Fórum de Mulheres, houve uma sessão solene para entrega do Prêmio Bertha Lutz – bióloga que se destacou pela defesa das causas feministas -, no plenário do Senado e o colóquio com as parlamentares Constituintes no Salão Nobre da Câmara, a tucana Moema Santiago integrou o grupo de debatedoras.