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Iraê Lucena alerta: Fim da desigualdade depende de mais vozes femininas

Às vésperas das eleições de 2018, há discussões mundiais sobre igualdade de gênero e sexismo despertando um desafio a mais para as lideranças políticas femininas, segundo a coordenadora de relações multipartidárias do PSDB-Mulher e presidente do PSDB-Mulher da Paraíba, Iraê Lucena (PSDB-PB).

Iraê Lucena disse que a primeira dificuldade para a mulher que decide se candidatar começa dentro de casa. “A candidata terá que enfrentar a família. Ela não terá a disponibilidade e a presença de antes. É preciso compreensão e apoio de todos para esta missão”, afirmou.

De acordo com a tucana, outra barreira é obter apoio financeiro do partido para a campanha. “Ninguém faz campanha sem dinheiro. É nessa hora que o partido político tem que apoiar as candidaturas sem discriminar os gêneros. Infelizmente ainda vemos muita desigualdade nessa distribuição de verba, o que prejudica principalmente as candidatas”, lamentou.

Elogios

Iraê Lucena elogiou as recentes campanhas do Tribunal Superior eleitoral (TSE) para aumentar a participação feminina e classificou a Corte como aliada das mulheres na luta pela igualdade.

“O TSE vem fazendo campanhas maravilhosas de aumento da representatividade feminina nas eleições. Eu acho que os partidos políticos também deveriam aproveitar este momento e abraçar esta causa”, ressaltou.

A tucana disse que o Secretariado Estadual do PSDB da Paraíba tem se esforçado para contribuir com a aproximação das mulheres da vida pública. De acordo com ela, uma grande campanha de candidaturas deve ser colocada nas ruas a partir de março.

“Vamos fazer camisetas, folder, inserção na TV e na rádio, se possível. Essa é uma forma do PSDB ir abraçando mais candidaturas femininas. Se cada região tivesse o partido como aliado das mulheres, eu acho que muita coisa ia melhorar”, afirmou.

Apoio

Iraê Lucena sugeriu também que o PSDB Nacional se mobilize cada vez mais pela causa das mulheres. Para ela, esse é o momento ideal para apoiar as candidaturas femininas e mudar a atual visão do país perante ao partido.

“Eu ainda não vi nenhum partido político abraçando para valer as candidaturas femininas. Seria a hora do PSDB tomar a frente e inovar neste quesito. Fazer algo a mais do que a lei determina. Somos a maioria do eleitorado e devemos ser ouvidas”, reiterou.

A tucana afirmou que é necessário mais do que as vozes femininas para se conseguir vencer a desigualdade de gênero. “Seria muito interessante o nosso partido tomar essa iniciativa e que o presidente nacional do PSDB, Geraldo Alckmin [governador de São Paulo], dar esse apoio e fale em nome de todas nós”, destacou.