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“Tempos difíceis, mas o PSDB-Mulher tem o que comemorar”, por Solange Jurema

Em um ano tão turbulento como este, o PSDB-Mulher tem o que comemorar. Depois de reuniões no Rio de Janeiro, a direção da Fundação Konrad Adenauer no Brasil decidiu não só manter a parceria conosco como confirmar que, em 2018, pelo menos três grandes encontros serão realizados!

A parceria com a Fundação Konrad Adenauer já rendeu workshops sobre novas lideranças e também cursos de capacitação com oficinas e mesas redondas, valorizando as distintas características de cada região do nosso país e as necessidades também muito diferentes.

Os princípios da Konrad Adenauer cujo comando é alemão sustentam-se na liberdade e democracia no esforço conjunto para aproximar o mundo de uma cooperação de alcance global.

Preocupados com os rumos do mundo, os líderes da fundação nos chamaram para um encontro, no Rio, em que o professor emérito e especialista em relações internacionais Christian Hacke deu uma aula magnífica sobre a radicalização na Europa e nos Estados Unidos, que afeta a vida cotidiana de todos.

PhD pela Universidade Livre de Berlim, professor emérito no Instituto de Ciência Política e Sociologia da Universidade de Bonn, Christian Hacke usou como mote o tema “Alemanha e Europa depois das eleições gerais em setembro de 2017”, mas alertou sobre os riscos da exacerbação do nacionalismo crescente na Europa.

De acordo com o cientista político, essa tendência é cada vez maior, daí a importância do papel da chanceler alemã Angela Merkel que é um ponto de equilíbrio. Hacke citou ainda os avanços da China, que se impõe como potência, sem, no entanto, intervir e interferir na cultura e nas ideologias diferentemente dos Estados Unidos.

Para o professor alemão, todos nós precisamos estar atentos,  pois os efeitos da política autoritária norte-americana sobre a Síria e o Afeganistão provocam a onda de migração que assistimos e agrava a tendência de nacionalismo em vários cantos da Europa.

O que parece tão distante de nós é muito mais próximo do que imaginamos: são famílias inteiras que chegam, no Brasil, absolutamente frágeis e desprotegidas porque já não têm mais referência de país. Porém, esses migrantes são expulsos de seus locais de origem e não encontram abrigo porque são rejeitados por aqueles que os vêem como invasores e terroristas.

Cabe a nós reagir e mostrar que um mundo melhor depende do respeito às liberdades e democracia. Quaisquer ações diferentes não trarão dias melhores.

*Presidente nacional do PSDB Mulher e ex-ministra da Secretaria Especial de Políticas Públicas para Mulheres no governo Fernando Henrique Cardoso