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Para Franco Montoro, a democracia é sempre referência

Nos anos de 1990, o Brasil viveu com intensidade a estabilidade econômica motivada pelo Plano Real e a gestão de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Foi o período seguinte em que São Paulo esteve sob comando de André Franco Montoro (morto aos 83 anos, em 1999), que, ao lado da mulher Lucy, estimulou a criação do PSDB-Mulher para assim, fortalecer as causas próprias, e dar mais voz a elas.

Nas conversas informais e nos debates políticos, Franco Montoro não mudava o tom nem o discurso. Para ele, democracia não só era referência, em todos seus aspectos, como princípio a ser perseguido. Tanto é que em conversas com as líderes mulheres do PSDB reiterava, em todos os encontros, a importância do fortalecimento de um segmento próprio como garantia de voz e ação específicas.

Jurista, foi também senador, deputado federal e ministro do Trabalho, Franco Montoro foi um dos líderes da campanha das Diretas Já e referência ao lado do presidente Tancredo Neves – primeiro eleito diretamente no período democrático recente.

Montoro foi uma das principais lideranças na luta pela redemocratização do país e da campanha pelas eleições diretas para presidente da República. Ao lado de Tancredo Neves e Ulysses Guimarães, esteve em todos os discursos e comícios pró-diretas, em 1984.

A liderança de Franco Montoro foi um dos responsáveis pela criação do PSDB em 1988. Candidatou-se ao Senado por São Paulo em 1990, mas perdeu. Porém, ele recompôs sua liderança política ao ser novamente eleito deputado federal em 1994 e 1998.