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Falta de informação é a principal causa do alto índice de gravidez precoce, diz tucana

Há 18 anos governado pelo PT, o Acre é o estado com a maior concentração de crianças nascidas de mães com menos de 19 anos de idade, o que representa uma taxa média de 27% de mães adolescentes. Esta realidade tem levado várias meninas a abandonarem os estudos e, consequentemente, a aumentar a pobreza na região. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (25) e fazem parte do levantamento intitulado “A Criança e o Adolescente nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS)”, da Fundação Abrinq.

Entre os cinco estados com o pior desempenho, o Acre aparece em primeiro lugar com 4.569 nascimentos de mães adolescente no total de 16.940 nascimentos durante todo o ano de 2015. Em seguida, aparece o Pará (26,5%), Amazonas (26,4%), Alagoas (26,3%) e Maranhão (25,6%). Segundo a Abrinq, em toda a região Norte, dos mais de 310 mil nascimentos em 2015, 81 mil foram de mães até 19 anos.

A presidente do PSDB-Mulher do Acre, Regina Norma Rosas, atribuiu o grande número de adolescentes grávidas à falta de informação. “Infelizmente, o governo do PT foi negligente nesta área. Não há no estado políticas públicas no sentido de informar essas meninas sobre o perigo de uma gravidez fora de hora. Para mim, os programas de transferência direta de renda propostos pelo PT, de uma forma ou de outra, acabaram incentivando a gravidez precoce aqui no estado por oferecer uma renda por cada filho da família’, disse.

Para a tucana, a gravidez precoce é uma preocupação antiga do estado. “Além de aumentar o risco de doenças e de mortalidade, tanto da mãe como do bebê, ela contribuiu para a evasão escolar dessas meninas, que vão sentir falta dos estudos quando forem para o mercado de trabalho”, lamentou.

Regina acredita que, para a mudar essa realidade, é necessário um trabalho conjunto das esferas estadual e federal e que as ações educacionais devem ser priorizadas para que o alto índice de mães adolescentes deixe de ser uma realidade no Acre.

“Essas meninas não têm noção da responsabilidade da maternidade. É preciso que o governo olhe para as mães e ajudem elas a não desistir da escola. Também são necessárias ações preventivas tanto para as meninas quanto para os meninos. Ambos os gêneros devem ser alertados sobre os malefícios de uma gravidez precoce e isto é tarefa do governo’, alertou.

A continuidade dos estudos é uma das preocupações da tucana. Para ela, é preciso incentivar as adolescentes que já são mães para que consigam a autonomia profissional. “Os programas preventivos são importantes, mas é preciso dar atenção especial para estas mães jovem para que elas consigam sustentar seus filhos no futuro”, concluiu.