
A Venezuela vivenciou nesta quinta-feira (3) mais um capítulo nebuloso da grave crise política e econômica que devasta o país. Forças de segurança e grupos armados chavistas ligados ao presidente do país, Nicolás Maduro, agrediram centenas de manifestantes que protestavam em Caracas contra a escassez de comida.
O governo havia prometido que produtos alimentícios seriam comercializados ontem, o que não aconteceu. Isso levou centenas de pessoas a se reunirem, em um protesto que se tornou o maior contra o desabastecimento que não contou com a participação direta da oposição. A maioria gritava “Queremos comida”, frase frequente nos atos contra a escassez, e “Este governo tem que cair”. Além dos manifestantes, 14 jornalistas foram atacados e tiveram seus equipamentos confiscados. As informações são da matéria publicada hoje (3) pelo jornal Folha de S. Paulo.
O deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) considera a crise da Venezuela como “o mais grave problema político das Américas”. Ele destacou que a causa do problema de abastecimento vem da falência do setor produtivo do país proporcionada pelo modelo de governo chavista.
“O povo não tem o comer porque não tem o que comprar. Os comunistas e populistas latino-americanos são os piores governantes do mundo. A exemplo dos petistas aqui do Brasil, Dilma e Lula, que estavam levando o país para o mesmo caminho de falência dos meios de produção”, afirmou.
O tucano destacou que a situação atual da Venezuela serve de exemplo do que aconteceria com o Brasil caso o modelo de poder do PT tivesse tido continuidade. “O processo de impeachment em curso coloca fim a implantação desse mesmo modelo que estava em estado avançado aqui no Brasil”, Hauly disse que espera que os venezuelanos encontrem uma saída democrática para o impasse atual alinhando o país com os outros países do continente americano.
A manifestação ocorre dois dias depois de a Organização dos Estados Americanos (OEA) sugerir que poderá invocar a Carta Democrática contra a Venezuela.