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“Não existe coerência em falar de paz, se eu não for uma pessoa pacífica”, diz antropóloga

thumb_DSC_0837_1024A antropóloga pela Universidade de São Paulo e coordenadora da Brahma Kumaris no Brasil, Luciana Ferraz, encerrou o ciclo de palestras do primeiro dia do seminário “Cultura da Paz e o Feminino Profundo”, que aconteceu na última quarta-feira (27). A convidada falou sobre a cultura da paz e as redes de sobrevivência.

Para a antropóloga, o primeiro palco em que a paz acontece é no individuo. “Não existe coerência em falar de paz, se eu não for uma pessoa pacífica. Se nós não desenvolvermos essa dimensão da paz na nossa vida, não vai haver essa legitimidade em falarmos da paz mundial”, alertou.

Segundo Luiza, é necessário também exercitar a paz nas relações pessoais. Elas precisam refletir o estado de calma, de serenidade. “Será que por meio dos meus recursos eu estou criando uma sociedade mais pacífica? Será que a presença no mundo está melhorando a sociedade?”, indagou, em um momento reflexivo com as convidadas.

A antropóloga ressaltou que enquanto não houver diálogo, aceitação e respeito entre as nações, não haverá paz. “Essas crises todas, que estamos enfrentando, é o resultado de não estarmos respeitando, lidando e convivendo em harmonia com o meio ambiente” explicou.

 

Liderança feminina

Luciana também destacou sobre a importância das mulheres serem líderes sem a máscara do ego masculino. “Liderança masculina é a de valores masculinos. Nós queremos a direção feminina, que reconstrua a família, que dê espaço a outros, que saia para trabalhar em equipe e as mulheres são capazes disso”.

E finalizou: “as mulheres, em geral, têm menos arrogância do que os homens. Elas são capazes de trabalhar em parceria, em grupo, em equipe, de melhor forma do que os eles”.