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Mulheres têm partes do corpo mutiladas por ex-companheiros

Foto: Corbis Images
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A catarinense Maria de Fátima, 49, não respira pelo nariz, não vê e não sorri. A paraense Kelly, 20, mal ouve. A gaúcha Gisele, 22, está sem andar. A alagoana Jane, 31, quase não consegue comer ou escovar os dentes sozinha.

Essas brasileiras estão unidas por uma tragédia em comum: tiveram decepados mãos, pés, dedos, seios ou orelhas, a pele rasgada por facão ou o rosto desfigurado por namorados e ex-maridos.

Os castigos extremos no Brasil, que remetem a ataques registrados na Índia, no Afeganistão e em países do Oriente Médio, são, segundo especialistas, tentativas simbólicas de punição à mulher que contrariou o homem.

Essas agressões brutais ocorrem, em geral, quando a vítima decide se separar, afirma Marisa Sanematsu, uma das fundadoras do Instituto Patrícia Galvão, ONG de defesa da mulher no Brasil.

“Não é um castigo específico ao que ela fez, mas ao que não fez: não se submeteu, não obedeceu. E o homem que domina não suporta ser contrariado”, disse. Para ela, a raiz de toda a violência contra a mulher está nas relações desiguais entre os sexos.

Enquanto o ácido no rosto visa desfigurar a mulher e “inutilizar” a companheira para outra relação amorosa, cortar a mão, para Marisa, tem como objetivo acabar com a independência dela.

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