Brasília – Os ex-diretores da Petrobras Renato Duque e Paulo Roberto Costa, investigados pela Operação Lava Jato da Polícia Federal, interferiam em licitações do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Eles indicavam “ajustes” a serem feitos nos processos licitatórios da estatal para privilegiarem algumas empresas.
As informações estão em um relatório de uma comissão interna da Petrobras que apurou irregularidades e foram divulgadas pelo Jornal Nacional, da TV Globo, no último sábado (13).
“É mais um triste episódio desse lamentável corrupto governo do PT. E chama muito a atenção a inércia da presidente Dilma Rousseff que, desde o governo Lula, vive a intimidade da Petrobras, já que foi ministra das Minas e Energia, da Casa Civil e presidente do Conselho de Administração da empresa”, disse o deputado federal Otavio Leite (PSDB-RJ).
Complexo
O projeto da Comperj, alvo desse desdobramento dos superfaturamentos na Petrobras, é marcado por atrasos, sobrepreços e por não corresponder às expectativas da população do Rio de Janeiro. O empreendimento foi lançado em 2006 pelo ex-presidente Lula na cidade de Itaboraí, na região metropolitana do Rio, e até hoje apenas uma pequena parte de suas obras saiu do papel.
“Da promessa de 150 mil barris refinados por dia, estamos com um projeto que não avança. É um grande absurdo”, criticou Leite.