Brasília – O presidente nacional do PSDB deputado federal Sérgio Guerra (PE) e a presidente nacional do PSDB-Mulher, Thelma de Oliveira (MT), assinaram uma resolução, na tarde desta terça-feira (5), que determina a presença de, no mínimo, 30% e de, no máximo, 70% para candidaturas de cada sexo no total de vagas das chapas de candidaturas em todos os níveis políticos e estados brasileiros.
A decisão passa a valer a partir de hoje para as próximas convenções da legenda. Thelma comemorou o aumento da participação feminina nas decisões partidárias. “A resolução referendada pelo presidente Sérgio Guerra permitirá que as mulheres tucanas possam, em breve, ter maior participação dentro do PSDB, além de fortalecer uma possível candidatura a cargos nas esferas municipal, estadual e nacional”, disse.”
“É um processo de evolução de um partido que se moderniza e tem de se atualizar. Nesse contexto, ter as mulheres com participação crescente na governança do partido é fundamental. É importante que participem de maneira compulsória em todos os lugares do Brasil”, acrescenta Sérgio Guerra.
Para o senador Aécio Neves (PSDB-MG), a presença das mulheres na vida política deve refletir sua crescente atuação na sociedade. “Essa participação tem que ser total, pois as mulheres vêm se posicionando lado a lado com os homens e, não raras vezes, liderando posições, como vemos no mundo dos negócios e nas universidades. Temos hoje nos lares brasileiros 19 milhões de mulheres como chefes de família. É imprescindível, assim, que elas ocupem o espaço que lhes cabe no PSDB, até porque há muito vêm contribuindo de forma decisiva para a construção das propostas das políticas públicas que defendemos”, considera.
A senadora Lúcia Vânia (PSDB – GO) comemora e acredita que a participação feminina tem muito a acrescentar no desenvolvimento do país. “Para nós, mulheres, que não queremos apenas representar a maior parte do eleitorado brasileiro, é de fundamental importância uma resolução como esta, que torna mais equânime a participação de todos no processo democrático. Permite-nos ocupar mais espaço na política e, consequentemente, ter mais oportunidade de participar de decisões de forma igualitária. Mais presença feminina nas esferas de poder significa garantir mais justiça social, menos desigualdade e racionalidade com sensibilidade para tratar dos assuntos mais relevantes à nossa nação”, acrescenta.
Representatividade feminina
Nas eleições municipais de 2012, a legenda conseguiu eleger 93 mulheres para comandar prefeituras em 20 estados. Esses dados significam um crescimento de 15% em relação ao pleito de 2008 – 2.026 contra 1.670. Atualmente são 726 vereadoras, 83 vice-prefeitas, uma senadora e três deputadas federais.