A prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro (TO), inaugurou a Escola de Tempo Integral (ETI) Agroecológica Fidêncio Bogo, na comunidade de Taquaruçu Grande e região. Houve festa com direito a artistas circenses e lanche coletivo no bosque da unidade. Famílias, professores e funcionários foram homenageados.
A ETI Agroecológica Fidêncio Bogo reúne um acervo, no qual estão uma máquina de datilografia, a toga da Academia Tocantinense de Letras (ATL), uma gaita de boca, vários livros, computador pessoal de personalidades que marcaram a história da região.
Para a prefeita, o projeto é resultado dos esforços de grandes homens e mulheres que acreditam na forma transformadora da educação. Segundo ela, há empenho de todos para reconstruir a Escola Municipal João Beltrão.
A ETI Agroecológica Fidêncio Bogo enfatiza que os diversos espaços pedagógicos e vivencias na área da piscicultura, horticultura, avicultura, agricultura e avicultura, trazem traços de que é possível produzirmos com tecnologia, reaprender algumas práticas da agricultura tradicional, incorporar elementos novos nesse processo pedagógico.
Projeto
A escola nasceu com vocação comunitária e está instalada em uma área de 6 mil metros quadrados doados pela Arquidiocese de Palmas, dos quais mil metros quadrados são às margens do Ribeirão Taquarussu Grande, destinados à preservação permanente.
O abastecimento de energia da escola é feito pelo sistema de geração fotovoltaica local.
A criação de peixes é uma tecnologia integrada para produção de alimentos, aproveitando a recirculação de nutrientes e água para uso na irrigação e adubação das hortas.
O tanque instalado na ETI Fidêncio Bogo tem 4,40 metros de diâmetro e um raio de 2,20 metros, e foi construído com a participação dos alunos da rede municipal com materiais reaproveitados, como papelão e estacas de eucalipto.
O Sistema Agro Florestal (SAF) implantado na escola é outra técnica que alia conhecimento à produção real, promovendo a inclusão permanente e cooperação entre espécies frutíferas e árvores nativas de grande porte para produção de alimentos e sem agressão ao meio ambiente.
As árvores frutíferas do tipo goiaba, caju, açaí, acerola, pitanga, bananeiras, além de hortaliças e tubérculos interagem com espécies originárias da região.
Inovações
A meliponicultura, que é a criação das abelhas sem ferrão, é divulgada e incentivada nas propriedades rurais como uma opção de renda e também como meio de preservar os essenciais polinizadores que a natureza provém.
São 30 caixas instaladas na área de preservação permanente com espécies nativas como tiúba, uruçu amarela, marmelada e jataí, destinadas à educação ambiental e produção de mel.
*Informações do site da Prefeitura de Palmas (TO).