O PSDB-Mulher apoiou a decisão da Executiva Nacional do partido, declarada em reunião nesta terça-feira (9), de liberar os candidatos para apoiarem quem quiserem no segundo turno das eleições. A presidente Yeda Crusius (RS) ressaltou que a decisão é correta diante das peculiaridades de cada estado diante do cenário polarizado na segunda etapa das eleições.
“O posicionamento final não é de neutralidade, é de liberar cada pessoa do PSDB a tomar a decisão que quiser nesse segundo turno. A neutralidade para nós significa que nenhum programa que foi apresentado tem nada a ver conosco. Nós temos programa próprio. Além disso, a decisão demonstra que qualquer que for o resultado nós seremos oposição”, disse.
Yeda disse que o partido deve permanecer coerente com os princípios da social democracia e que a liberdade de escolha de cada filiado demostra o respeito a opinião defendida por cada um. “Esse é o PSDB que libera seus filiados para tomarem a posição que acharem melhor para cada um. Existem diversas situações e diversos “Brasis”. Não é hora de tomar uma posição a favor de nenhum dos dois e sim contra os dois”, completou.
A presidente de honra, Solange Jurema (AL), concorda que as diferenças de cenários em cada estado devem ser levadas em conta e que a vontade do povo deve ser considerada. No entanto, ela ressalta que o Brasil não pode mais pagar o preço de más escolhas.
“Nós tínhamos o melhor dos candidatos, não foi o que o povo quis e democraticamente a gente tem que aceitar. Nós também não temos que assumir nem ônus e nem bônus de nenhum dos dois candidatos. Já passamos muito por isso, por exemplo do governo Temer, que não era o governo que nos escolhermos, o temer foi escolhido pelo PT, e no final o PSDB pagou um ônus que não era nosso. Não podemos incorrer no mesmo erro”, pontuou.
Diversidade de opiniões
Já a deputada Mariana Carvalho, reeleita em Rondônia, disse que seu estado vai se posicionar a favor do candidato do PSL, mas que admira a decisão pela neutralidade do partido. “Essa decisão de neutralidade do partido, não será a mesma decisão do meu estado. Nós somos anti-PT e não queremos que o Brasil seja uma Venezuela”, afirmou.
Mariana Carvalho parabenizou o aumento da bancada feminina e o esforço de cada um dos candidatos na eleição que foi considera a mais difícil da história. “Quero parabenizar os colegas eleitos e os reeleitos. Os corajosos que se colocaram à disposição para participar desse processo democráticos. Parabenizar esse aumento de mulheres, o Congresso precisa, principalmente nesse processo de segundo turno estar focado nas eleições”, concluiu.
Reportagem Tainã Gomes de Matos