Os casos de intolerância religiosa têm crescido no estado do Rio de Janeiro, segundo a Secretaria de Estado de Direitos Humanos e Políticas para Mulheres e Idosos (SEDHMI). De janeiro a março deste ano, houve um aumento de mais de 56% em relação ao mesmo período de 2017.
A representante do Rio de Janeiro no PSDB-Mulher, Sebastiana Azevedo, destacou que o dado é deprimente e delicado, pois reflete a realidade de uma sociedade que tem vivido cada vez mais sob uma intolerância geral à diferença.
“Essas ações de falta de respeito, preconceituosas, preocupam muito, porque é generalizado. As pessoas não respeitam nem reconhecem mais os espaços individuais de cada um, seus gostos, peculiaridades”, refletiu a tucana.
O número de denúncias subiu de 16 para 25 no primeiro trimestre de 2018, sendo que os locais que mais possuem incidência são a capital com 55% dos casos registramos, Nova Iguaçu com 12,5% e Duque de Caxias com 5,3%. Entre as principais acusações, estão denúncias por discriminação, depredação de lugares ou imagens e difamação.
Sebastiana indicou que é preciso pensar em soluções que incentivem o respeito ao próximo na sociedade com urgência. “Precisamos pensar em algo, buscar um trabalho com os jovens, para respeitar a opção do outro. Tenho a sensação que ao invés de combater, as pessoas têm incitado ainda mais a intolerância e a violência”, lamentou.
Do ano passado até agora, foram 112 denúncias e cerca de 900 ações de atendimento, sendo as religiões afrodescendentes os principais alvos.