A primeira diretora mulher da Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) tomou posse esta semana, após 225 anos de história da instituição. A presidente do PSDB-Mulher do Rio de Janeiro, Lica de São Roque (PSDB-RJ) comemorou a conquista e ressaltou que inserir mulheres em ramos antes tidos como masculinos é importante para dar fim a segregação de gênero.
“É mais um passo para conquistarmos nosso espaço. Isso vale para todas as áreas em que há maioria masculina e que temos ainda a sensação de ‘depender’ dos homens. Ocupando mais espaços, nós damos fim a essa separação de ‘curso de mulher’ ou ‘curso de homem’”, pontuou Lica.
A professora Cláudia Morgado vai comandar a escola de engenharia mais antiga das Américas, formada por 13 cursos de graduação, 32 de pós-graduação lato sensu e três mestrados profissionais. Não é surpresa que uma mulher nunca tenha chegado ao cargo mais alto da instituição, uma vez que, na Escola, apenas 17% dos professores são mulheres.
Entre os alunos, 40% são do sexo feminino, sendo o curso de Engenharia Ambiental um dos que mais se destaca pelo número de alunas – elas ocupam dois terços das vagas destinadas ao curso. A nova diretora coordenará cerca de 6.200 alunos e 208 professores, de maioria masculina.
Para a presidente do Rio de Janeiro, é preciso ampliar o incentivo às mulheres no campo da engenharia. “Nós ainda somos desmotivadas, ainda não temos muito incentivo, precisamos abrir mais espaço, mostrar para as mulheres que elas podem estar ali e ter sucesso naquele ramo”, destacou Lica.