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Surto de febre amarela em Minas é fruto da irresponsabilidade da gestão de Pimentel, afirma João Leite

joao-leite-foto-divulgacao-1-300x186Evidenciado pelo surto de febre amarela que atinge principalmente a região Leste de Minas Gerais, o caos da saúde na gestão do governador Fernando Pimentel (PT) vem causando temor aos moradores das cidades mais afetadas pela doença. Em municípios como Caratinga e Teófilo Otoni, por exemplo, cujos postos de saúde abriram no final de semana para atender ao aumento da demanda, parte da população dormiu na fila à espera da vacina contra a doença.

Como revela reportagem do Jornal Nacional veiculada no sábado (16), o crescimento dos casos da doença na região faz com que muitos pacientes fiquem em macas nos corredores dos postos de saúde. Nos casos mais graves, os enfermos são levados a um hospital em Belo Horizonte, referência no tratamento da febre amarela.

Com a situação, o governo de Pimentel decretou situação de emergência por 180 dias na saúde pública de 152 municípios localizados em quatro unidades regionais do estado. Na avaliação do deputado estadual João Leite (PSDB-MG), a medida é uma resposta tardia ao problema, negligenciado pela gestão de Pimentel até tomar a magnitude atual.

O tucano acredita que o surto da doença não é resultado somente da falta de ações imediatas do governo do estado, mas também da irresponsabilidade do governo estadual com a Secretaria de Saúde, pasta que vinha sendo ocupada interinamente desde novembro, quando Pimentel exonerou o deputado estadual Sávio Souza Cruz (PMDB) do cargo. Souza Cruz deixou a função para retornar à Assembleia Legislativa e votar em favor de Pimentel no processo que existe contra o governador.

“O governo foi totalmente irresponsável. Infelizmente, o governador de Minas não governa. O tempo todo ele está buscando se livrar das denúncias graves que pesam sobre ele, quer sejam os crimes eleitorais ou os crimes comuns cometidos por ele à frente do Ministério do Desenvolvimento”, criticou João Leite, relembrando a atuação de Pimentel no primeiro mandato de Dilma Rousseff. “Nós iniciamos isso [surto de febre amarela] praticamente sem secretário de saúde, que foi liberado pelo governador à Assembleia Legislativa para votar para que ele [Pimentel] não fosse processado pelo STJ”, ressaltou o deputado estadual.

Para o tucano, o cenário desolador na saúde só foi possível graças à falta de gestão de Pimentel à frente do governo de Minas, um dos estados em situação financeira mais delicada em todo o Brasil.
“É um problema de gestão mesmo. O governador não se importa muito com a gestão, se importa mais com a questão da governabilidade, com a questão política, com a base do governo. Num estado como Minas Gerais, com 853 municípios, com regiões muito diversas, que merecem um tratamento mais cuidadoso, é uma irresponsabilidade muito grande. Nós temos um apagão da gestão em Minas Gerais”, condenou o parlamentar. “É uma situação de abandono do estado”, resumiu o tucano.

Até o momento, 30 pessoas já morreram em Minas Gerais com sintomas da febre amarela.