Brasília (DF) – A terra arrasada deixada para trás pelos 13 anos de gestão petista começa a dar sinais de recuperação após as medidas de controle da economia adotadas pelo governo do presidente Michel Temer. Com a expectativa de que a taxa básica de juros (Selic) chegue a menos de 10% ao ano até o final de 2017, a construção civil espera gerar mais de 200 mil empregos neste ano, que foram perdidos em 2016.
As informações são de reportagem publicada neste sábado (14) pelo jornal O Globo. Ainda assim, segundo a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), existe um estoque de 117,7 mil imóveis prontos ou em construção à espera de um comprador, o suficiente para atender a demanda por um ano e quatro meses. O banco JP Morgan calcula que os estoques somam hoje 24 meses, totalizando R$ 23,4 bilhões em valor de mercado dos imóveis.
“Estamos com um estoque para um ano e meio a dois anos, o maior nível dos últimos cinco anos”, explicou o diretor financeiro e de relações com investidores da Construtora Rossi, Fernando Miziara. “No primeiro semestre, não vai haver lançamentos, é muito pouco provável, mas as vendas devem começar a reagir. No fim de 2016, já pararam de cair”, disse.
O banco JP Morgan estima que a redução da Selic também vai estimular a emissão de produtos de securitização de crédito imobiliário, como a Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e o Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI), voltados para o investidor qualificado. Ou seja, um maior interesse no mercado acabaria estimulando o crédito imobiliário como um todo.
Como a incerteza econômica impacta negativamente nos empregos, o estímulo ao setor imobiliário terá reflexos positivos na construção civil. O corte de vagas deverá diminuir, e a geração de postos de trabalho vai aumentar até o final do ano, recuperando as vagas perdidas ao longo de 2016.
“A reação do setor tem efeito cascata na economia”, destacou o diretor da Abrainc, Luiz Fernando Moura. “Quase todas as indústrias acabam fornecendo para construção. Mais de 130 indústrias atendem ao mercado imobiliário e só com produção nacional, pois não precisamos importar. É indutor de desenvolvimento”, completou.
Leia AQUI a reportagem completa do jornal O Globo.