O Senado abriu na manhã desta terça-feira (9) a sessão que vai definir se a presidente afastada Dilma Rousseff vai virar ré no processo de impeachment, a chamada de fase de pronúncia do processo. Os parlamentares vão analisar o relatório do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) que recomenda a perda definitiva do mandato da petista. Para que Dilma se torne ré, serão necessários os votos da maioria simples dos senadores presentes em plenário (metade mais um), desde que haja o quórum de 41 senadores. A expectativa do Palácio do Planalto é que cerca de 60 senadores votem pela continuidade do processo de afastamento da petista.
A previsão é que a sessão desta terça-feira dure mais de 20 horas. O comando da votação ficará a cargo do presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski. O relator Antonio Anastasia terá meia hora para defender o afastamento definitivo de Dilma. Todos os senadores inscritos vão falar em seguida defendendo seus argumentos, com o tempo de dez minutos para cada um. Mais de 30 parlamentares se inscreveram para discursar.
A acusação terá o mesmo tempo concedido à defesa para apresentar a argumentação, meia hora. Depois desta etapa haverá a fase de encaminhamento, a última antes da votação. Neste momento, dois representantes da defesa e dois oradores da acusação terão o microfone por cinco minutos, cada um.
A expectativa é que a sessão vare a madrugada e que o painel seja aberto a voto apenas na na manhã de quarta-feira (10). O julgamento final está previsto para o dia 25 de agosto, quando serão necessários 54 votos para que Dilma deixe definitivamente a Presidência.
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