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Para tentar escapar do impeachment, Dilma volta a falar em novas eleições e reforma política

Bras’lia Ð A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, a governadora do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a presidenta Dilma Rousseff, governador de Goi‡s, Marconi Perillo, o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, e a ministra das Rela›es Institucionais, Ideli Salvatti, durante cerim™nia de assinatura do termo de entendimento para a amplia‹o do crŽdito fiscal dos trs estados

A presidente afastada Dilma Rousseff voltou a defender nesta segunda-feira (8) a convocação de um plebiscito para consultar a população sobre a realização de novas eleições presidenciais. Além de repetir o discurso de que seria vítima de um “golpe”, a petista também afirmou ser a favor da aprovação de uma ampla reforma política pelo Congresso. As declarações foram feitas em um evento realizado em Curitiba (PR).

O senador Dalírio Beber (PSDB-SC) rebateu as afirmações de Dilma ao classificá-las como uma “tentativa desesperada” de escapar do impeachment, fazendo com que a sociedade acredite na possibilidade de novas eleições caso volte ao poder. “Tentar vender a imagem de que seria possível convocar a sociedade através de um plebiscito é casuísmo puro. Isso soa muito mais a golpe do que aquilo que tenta o PT e a Dilma induzir a população a respeito do processo de impeachment em curso no Senado”, afirmou.

Sobre a reforma política, o tucano acredita ser muito tarde para que a presidente afastada comece a falar sobre mudanças. “Dilma tinha que ter percebido antes os desacertos praticados no seu governo e que ela estava na contramão daquilo que a sociedade brasileira desejava. Ela tinha que ter agido assim muito antes.  Até mesmo durante o processo eleitoral de 2014 quando, na verdade, ela sabia que aquilo que era dito nos seus programas eleitorais não era verdade. Dilma praticou estelionato eleitoral”, concluiu.

O presidente do PT, Rui Falcão, contrariou na semana passada a declaração da petista dizendo ser “inviável” a proposta de um plebiscito caso Dilma retorne ao Planalto, numa demonstração de que a proposta não tem o apoio nem do próprio partido da presidente afastada.