É inacreditável. O secretário-geral da Unasul, Ernesto Samper, deu ultimato de 72, que está por vencer, para que países membros assinem um “comunicado” sobre a “situação político institucional do Brasil”.
Samper pressiona para que os países da Unasul, entre outros desatinos, manifestem “rejeição ao recurso a processos judiciais que criminalizam setores políticos”.
Além de insultar o Judiciário brasileiro e o ministério público, esse ato abriria caminho para contestações e até sanções, que vão muito além da Unasul.
Não por coincidência, o secretário-geral da OEA, Luis Almagro, retorna nesta segunda-feira a Brasília para novo show de vassalagem explícita à tresloucada agenda lesa-pátria do Planalto.
Aos assessores palacianos uma advertência: haverá autópsia dos atos de usurpação dos canais oficiais da diplomacia e apuração das responsabilidades.
É inadmissível que encastelados no Planalto utilizem os poucos dias que lhes restam à frente da máquina pública para levar adiante essa estratégia de terra arrasada.
Quanto a Samper e Almagro, seu tempo passará, e a Unasul e a OEA voltarão a cumpir sua vocação em prol da paz e da democracia nesta parte do mundo.
Aloysio Nunes Ferreira
Senador (PSDB-SP) e presidente da Comissão de Relações Exteriores