Santos atingiu em 2015 o menor índice de mortalidade infantil da história da cidade. Foram 10,8 casos a cada mil crianças nascidas vivas, contra 13,6 em 2014. O resultado envolve as redes pública e particular de saúde.
No início do ano, os dados provisórios já apontavam para esse índice histórico, confirmado com o encerramento do trimestre. O tempo de espera é necessário porque, eventualmente, podem ocorrer óbitos de bebês que nasceram em outros municípios ou até em outros estados cujos pais são residentes em Santos. O registro entra sempre na estatística oficial da cidade de origem.
Pela série histórica da mortalidade infantil em Santos, iniciada em 1988, até então o menor índice era do ano de 2013: 12,1 a cada mil nascidos vivos. A meta da Prefeitura é chegar a menos de 10 casos por mil ainda neste ano. Para isso, segue investindo forte na atenção à gestantes e bebês.
Ações
“Os resultados do trabalho realizado e o envolvimento das instituições privadas já produzem efeito. Temos certeza de que as ações que estão sendo realizadas neste ano, como a implantação do ultrassom morfológico e a ampliação do Programa Mãe Santista, nos permitirão reduzir ainda mais esse índice”, diz o secretário de Saúde, Marcos Calvo.
Ele destaca que, neste ano, será inaugurado o Complexo Hospitalar dos Estivadores, com maternidade de alta qualidade oferecendo cinco suítes PPP (pré-parto, parto e pós-parto) e 20 leitos de UTI neonatal.
Rede pública
Na rede pública de saúde, diversos fatores contribuíram para a queda da mortalidade infantil. Entre eles, a implantação, em maio de 2013, do programa Mãe Santista, para sensibilizar a mulher quanto aos cuidados no pré-natal, e as visitas semanais dos agentes comunitários de saúde na residência das gestantes.
Em 2015, houve, ainda, aumento na realização do ‘pré-natal do papai’: foram 2.564 gestantes atendidas ao longo do ano e 1.240 esposos/companheiros que (48%) fizeram acompanhamento da gravidez e realizam exames médicos.
No ano passado, a Prefeitura inaugurou três suítes PPP na Maternidade Municipal Silvério Fontes. Nos ambientes, objetos e recursos são utilizados para atenuar dores e dar mais conforto às mulheres no pré-parto e no parto. Após o nascimento da criança, a mãe permanece na suíte PPP, junto ao bebê, por pelo menos 1 hora.
Outro avanço foi a nova unidade do Instituto da Mulher e Gestante, onde são atendidas as gestantes adolescentes e as de risco, inaugurada em 2015.