Notícias

Tucana é agredida após Executiva da Federação PSDB-Cidadania referendar candidatura de Izalci ao governo do DF

Reprodução/Vídeo

Um episódio lamentável ocorreu nesta terça-feira (26/07), na sede nacional do partido em Brasília (DF), após a Executiva Nacional da Federação PSDB-Cidadania referendar, por 13 votos a 6, a candidatura do senador Izalci Lucas (PSDB) ao governo do Distrito Federal.

Contrariados com a decisão democrática tomada, após uma disputa natural no âmbito partidário de uma Federação, a deputada federal Paula Belmonte (Cidadania), que postulava concorrer ao cargo, e seu marido, o presidente do PSC-DF Luiz Felipe Belmonte, alegaram que o resultado da votação era fruto de violência política de gênero e agrediram verbalmente a presidente licenciada do PSDB-Mulher DF, Andréia Moura, que chegou a ser empurrada por Dataniel Duarte, tesoureiro do Cidadania-DF.

Ela também foi coagida a não registrar um boletim de ocorrência na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher I (Deam), que está cuidando do caso.

“Ela e o marido começaram a me ofender, aos gritos, dizendo que eu era mentirosa e me chamando de vários nomes. Fui me defender, afirmando que aquilo não era verdade e uma terceira pessoa deu um empurrão no meu braço para me impedir de falar”, detalhou a tucana em depoimento à polícia.

Além das agressões, a violência política, problema sério que se interpõe ao acesso de mulheres aos espaços de poder diariamente, foi usada como argumento pela deputada Paula Belmonte na tentativa de impor suas ambições pessoais e políticas sobre uma decisão tomada de forma transparente e democrática.

“Aquilo que eles vinham tanto pregando e que era mentira, fizeram contra mim. Foi uma situação bem triste”, lamentou Andreia.

Em nota, o PSDB-Mulher do DF declarou que a disputa pela indicação ao governo do Distrito Federal pela Federação está seguindo todas as regras legais, “sem qualquer tipo de sexismo ou violência política contra qualquer pré-candidatura feminina”.

O documento ressaltou ainda que o PSDB-Mulher é “reconhecidamente, uma das seccionais partidárias pioneiras da luta feminina em Brasília e não abrirá mão de um debate correto e justo, o que não é o caso em pauta”.

“Não se pode banalizar a violência política contra as mulheres e reduzir a nossa luta a mesquinhos interesses eleitorais próprios. Nossa luta é muito maior”, concluiu o texto.

Vale destacar que, desde a sua fundação, o Secretariado Nacional da Mulher/PSDB apoia e trabalha arduamente pelo aumento da representatividade feminina na política. O Distrito Federal é exemplo disso, visto que a única governadora da história da capital federal, Maria de Lourdes Abadia, era do PSDB.

Leia a íntegra da nota do PSDB-Mulher DF AQUI.