A menos de sete meses das eleições, as tucanas intensificam as ações para garantir mais espaço feminino em todas as esferas do poder com a instalação do Fórum Estadual de Instâncias de Mulheres de Partidos Políticos de Goiás, na sexta-feira (18/03), em Goiânia (GO). Juntas, as mulheres oferecem suporte às candidatas interessadas na disputa pelas urnas em outubro.
Em discussão, o aperfeiçoamento do debate sobre temas essenciais no cotidiano do país, como a violência política contra a mulher e a Agenda 50/50, rumo à tão sonhada paridade de gênero.
O Secretariado Nacional da Mulher/PSDB foi representado no encontro pela coordenadora do Fórum na região Centro-Oeste, Luciana Loureiro, assessora jurídica e vice-presidente do PSDB-Mulher do DF, que esteve ao lado da vice-presidente do Secretariado, Thelma de Oliveira (MT), e da coordenadora do PSDB-Mulher na região Centro-Oeste, Andréia Moura.
“O PSDB-Mulher cumpriu a missão dada pelo Fórum Nacional de Instâncias de Mulheres de Partidos Políticos e instalou o Fórum Estadual de Goiás, que será comandado pelas presidentes dos organismos de mulheres no âmbito do estado”, destacou Luciana.
Parcerias
Para Luciana Loureiro, a partir da atuação deste Fórum, a força feminina vai ser ampliada de forma expressiva. “A reunião foi excelente. Com a expansão do Fórum para todo o país, esperamos ampliar a nossa rede de apoio às mulheres, combatendo a violência política de gênero e possíveis retrocessos na legislação eleitoral, e incentivando mais mulheres a ocuparem cargos nos espaços de poder.”
Thelma de Oliveira relembrou que, no passado, o reforço da discriminação contra mulheres vinha com uma série de inverdades. “Sempre apostaram muito na desunião das mulheres, inclusive tinha aqueles jargões ‘mulher não vota em mulher’, o que não é verdadeiro. O que havia é que não existia essa organização que temos hoje.”
Para a vice-presidente do Secretariado, o caminho é de trabalho árduo em busca dos objetivos comuns.
“O que vemos hoje no Congresso é a união das nossas bancadas. Nós queremos mais! Nós queremos 50% do mínimo, não podemos ficar apenas com 5% do Fundo Partidário. Isso aqui mostra que nós, mulheres, muito além dos homens, estamos aqui para discutir interesses. A gente está se reunindo aqui para discutir ideias que vão empoderar mais mulheres que vão construir um Brasil melhor. Nós temos força e podemos fazer a grande transformação! Vamos eleger mulheres. Nosso olhar é outro. Se o Putin fosse mulher, certamente não teria essa guerra. Nós somos pela paz!”
Exemplo
Para Raquel Dias, coordenadora nacional do M23 Cidadania, o Fórum é exemplo de que apenas por meio da união de forças e interesses comuns será possível promover as transformações planejadas. “É um grande exemplo do que a gente tem visto no país inteiro. É claro que a gente precisa de mais junção política”, disse. “Uma mulher sozinha tem um tamanho político, muitas mulheres têm um tamanho muito maior”, acrescentou. “Eu acho muito louvável que a gente possa ter essa junção.”
Otimista, Raquel Dias prevê resultados positivos nas eleições de outubro. “As regras neste momento são regras que dão destaque para essas candidaturas femininas”, afirmou. “Isso deve ser usado como algo que permita a participação das mulheres na política. O lugar da mulher é onde ela quiser. Nós buscamos a paridade, o meio a meio, a paridade, mínimo. Eu tenho grande esperança que veremos uma participação ativa.”
Juliet Matos, secretária nacional do M23 Cidadania, destacou a necessidade de pensar em política públicas e a capacidades das mulheres em desenvolver ações diferenciadas.
“A gente precisa estar em conjunto que é a construção de políticas públicas de qualidade. Nós temos mulheres que podem falar sobre tudo. E mudar a realidade do Brasil. Mais mulheres na política aumenta a qualidade e o combate à corrupção. Não tem o que falar, quando a gente se une, deixa lado para as nossas diferenças, a gente avança para um país melhor”, completou.