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Decisão de Conselho de Ética da Alesp sobre caso Arthur do Val será tomada em até dois meses, diz tucana

Foto: Carol Jacob

O Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) já recebeu 12 representações contra o deputado estadual Arthur do Val (Podemos-SP), sendo nove delas individuais e três coletivas, por conta de declarações desrespeitosas sobre as refugiadas ucranianas que repercutiram na última semana.

Presidente do colegiado, a deputada estadual Maria Lúcia Amary (PSDB-SP) determinou que as autuações fossem feitas imediatamente, para dar início ao processo. Em entrevista ao portal Metrópoles, ela afirmou que uma decisão será tomada em até dois meses, se disse “estarrecida” com o teor das falas do deputado e prometeu conduzir o processo de forma ágil e responsável.

“Como mulher, fiquei bastante estarrecida. Foi um diálogo bastante sexista e também discriminatório em relação à classe social, disse que mulheres pobres são fáceis. Tem uma comoção dos deputados como um todo. É a primeira vez que acontece uma movimentação tão grande de deputados dos mais diferentes partidos se unirem em um pedido de representação. Isso mostra a gravidade da situação”, destacou a tucana.

O deputado Arthur do Val terá o prazo de cinco sessões legislativas para apresentar a defesa prévia. Depois disso, o Conselho de Ética, composto por dez deputados, se reunirá para definir a admissibilidade do processo e o relator.

Caso decidam pela suspensão ou cassação do parlamentar, a decisão será remetida ao Plenário da Assembleia, que poderá referendá-la ou não.

Para a deputada, a postura de Do Val mancha a imagem da Assembleia, que precisa responder à sociedade.

“O mundo está todo em comoção com a situação da Ucrânia, então num momento de fragilidade. Quando as mulheres estão lutando pela vida, um político faz uma observação desta natureza, a imagem fica comprometida. Por isso precisamos dar uma resposta, mas eu dependo do colegiado”, completou Maria Lúcia Amary.

*Com informações do portal Metrópoles