A campanha “Sinal Vermelho contra a Violência Doméstica”, que incentiva mulheres que sofrem abusos, ameaças e agressões a pedir ajuda por meio de um “X” vermelho na palma da mão, será implementada nas representações diplomáticas do Brasil no exterior. A partir de agora, as brasileiras nessa condição de vulnerabilidade poderão solicitar socorro nos postos do Itamaraty por intermédio do “X” vermelho na palma da mão.
A juíza Renata Gil, presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), entidade que coordena o projeto em conjunto com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), está nos Estados Unidos e obteve apoio de autoridades diplomáticas para a campanha.
A magistrada se reuniu com a cônsul-geral, Maria Nazareth Farani Azevêdo, e com o embaixador Ronaldo Costa Filho, chefe da Missão do Brasil junto às Nações Unidas, entre outras autoridades.
De acordo com Renata, o objetivo, além de auxiliar as vítimas, é contribuir para a internacionalização desse mecanismo silencioso de denúncia, que já salvou milhares de vidas.
“Nenhuma vítima pode ficar desamparada, não importa o local em que esteja. Nós precisamos oferecer suporte e acolhida para essas mulheres que, por viverem em território estrangeiro, podem não saber o que fazer”, disse a juíza.
Criada em junho de 2020 devido ao crescimento dos índices de violência contra a mulher na pandemia, a campanha levou à aprovação, pouco mais de um ano depois, da Lei do Sinal Vermelho – Lei 14.188/2021, que ainda criminalizou a violência psicológica contra a mulher. O Distrito Federal e 16 estados também sancionaram legislações semelhantes.
*Com informações da Revista Veja