A Coordenação Executiva do Secretariado Nacional da Mulher/PSDB se reuniu virtualmente, na tarde desta quinta-feira (09/12), com as presidentes dos diretórios estaduais e coordenadoras regionais do PSDB-Mulher para fazer um balanço das atividades de 2021 e discutir o calendário para o próximo ano.
Durante o encontro, foi apresentada a 19ª edição especial do Jornal Digital PSDB Brasileiras PSDB-Mulher, que deu destaque à grande festa democrática promovida pelo partido em novembro, nas prévias que elegeram o governador de São Paulo, João Doria, como o candidato do PSDB à Presidência da República.
A presidente nacional do PSDB-Mulher, Yeda Crusius, destacou o jornal como mais uma plataforma de comunicação destinada a informar e preparar mulheres para alcançar os espaços de poder.
“Esse foi um trabalho de ano inteiro. Nós inovamos criando o jornal do PSDB-Mulher, com editorial, estatísticas, artigos, entrevistas. Aceitamos cumprimentos e parabéns. Durante todo o ano, foi o que nós recebemos até de fora do PSDB. É uma coisa importante”, afirmou.
“Trabalhamos para valorizar as mulheres. Agora, nós queremos que as mulheres valorizem a nossa direção, os produtos que a gente faz, e isso se faz com participação, que é importante, fundamental. Nós estamos aqui pelo que nos une, e não pelo que nos desune. Nossa política é criar espaços, é a construção de pontes”, disse Yeda.
As tucanas também discutiram a atuação do Secretariado junto ao Fórum Nacional de Mulheres de Instâncias de Partidos Políticos em 2021, em defesa dos direitos políticos das mulheres e contra possíveis retrocessos na Reforma Eleitoral.
Para a assessora jurídica do Secretariado e vice-presidente do PSDB-Mulher do Distrito Federal, Luciana Loureiro, uma das prioridades para 2022 deverá ser a garantia de que os partidos destinarão os 5% do Fundo Partidário para o fomento da participação das mulheres na política.
“Se a gente estimular, a gente traz mais mulheres para participar da política. A cultura está mudando, a mulher quer participar da política. Ela só precisa de um apoio para isso. Cursos de formação, ouvir as pessoas que já militam, as parlamentares, e elas cada vez mais se sentindo estimuladas para isso”, argumentou.
Outra preocupação dividida pelo Fórum e pelo Secretariado para o próximo ano é a violência política de gênero. Por isso, ficou decidido que, para se adequar à nova lei 14.192/21, que estabelece que partidos políticos deverão alterar os seus estatutos para incluir mecanismos que previnam esse tipo de violência dentro das instâncias partidárias, o PSDB-Mulher deverá criar um grupo de trabalho para discutir as adaptações que serão feitas no Estatuto, e levá-las à Executiva Nacional do PSDB.
O trabalho será acompanhado pela vice-presidente do PSDB-Mulher Nacional, Thelma de Oliveira (MT):
“Vamos ter dois caminhos com essa questão da violência política. Um externo, pelo Fórum, e também internamente. Vamos estudar esse material para prepararmos uma resolução, para que possamos discutir isso com o partido e tenhamos um resultado positivo”, pontuou ela.
Panorama pós-prévias e 2022
Na reunião ampliada, as tucanas também discutiram o processo de prévias do PSDB e os seus impactos não apenas na democracia interna, mas no fortalecimento da legenda e consolidação de candidaturas para 2022.
“As prévias foram um momento muito importante para o PSDB-Mulher de São Paulo. Saímos fortalecidas nesse processo. Tanto que agora nós estamos criando Secretariados da Mulher em 100 cidades depois das prévias. Nós tínhamos 85, então é mais do que já tínhamos. A gente sai com um saldo organizativo muito grande, porque nós rodamos o estado nas prévias, com os nossos pré-candidatos. São Paulo mobilizou muito para as prévias, fomos para todas as regiões conversar”, contou a presidente do PSDB-Mulher de São Paulo, Edna Martins.
Ela frisou ainda que, por conta da visibilidade proporcionada ao PSDB pelas prévias, o cenário eleitoral para o próximo ano também é animador.
“A Executiva Estadual do PSDB já formou uma Comissão Eleitoral. Eu me coloquei, estou fazendo parte, e nós vamos começar a discutir candidaturas por região, mobilizando as mulheres para ver quem vai ser candidata”, relatou.
Luciana Loureiro ressaltou que as prévias mostraram a maturidade política das tucanas que compõem o PSDB-Mulher.
“A gente não usou o segmento, em nenhum momento, para apoiar a candidatura A, B ou C. Nós tivemos a maturidade, como sempre, de deixar o segmento resguardado, porque ele serve ao partido, e não às pessoas. Mas cada uma de nós avaliou, ouviu o seu candidato, foi buscar informações sobre o que eles desenvolveram de políticas para as mulheres. Isso demonstra a grandeza que é o PSDB-Mulher. Quando falam que o PSDB-Mulher é um partido bem estruturado dentro do PSDB, é verdade”, constatou a advogada.
Presidente do PSDB-Mulher no Rio Grande do Sul, a deputada estadual Zilá Breitenbach classificou as prévias como uma lição de democracia:
“Nós fizemos um trabalho, nos esforçamos todos, e agora vamos construir o nosso futuro com a presidência da República nas articulações que teremos de fazer”, considerou.
Ela também exaltou o trabalho de valorização da mulher que tem sido desempenhado pelo Secretariado Nacional, com o objetivo de aumentar a representatividade feminina na política.
“Esse trabalho que hoje está se fazendo, com o PSDB cada vez mais participativo, se deve muito ao trabalho da nossa presidente nacional Yeda. Porque mexeu com as mulheres, mexeu com a nossa participação, e fez com que muitas mulheres quisessem participar mais ativamente nos próximos espaços de poder”, apontou.
“Devemos trabalhar agora para termos mulheres também nas prévias, mulheres como governadoras dos estados. Temos que colocar nomes. Se a gente quer que as mulheres busquem espaços, temos que colocá-las também na possibilidade de concorrer. A democracia passa, sim, pelo trabalho das mulheres”, completou a tucana.
Confira a galeria de fotos da reunião: