Mulheres que Inspiram

Solange Jurema: uma vida dedicada à inclusão social e aos direitos das mulheres

Nascida em Maceió, capital alagoana, em 1º de novembro de 1948, a presidente de honra do Secretariado Nacional da Mulher/PSDB, Solange Jurema, dedicou boa parte dos seus 72 anos de vida à implementação de políticas de inclusão social e, principalmente, à luta pelos direitos das mulheres. Em seu currículo estão cargos importantes, como o de Secretária de Estado dos Direitos da Mulher, criado com status de Ministério no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Sua trajetória em favor das brasileiras, no entanto, se iniciou bem antes disso.

Conheça algumas fases importantes da história da tucana:

Como tudo começou

Solange Bentes Jurema, nascida no Dia de Todos os Santos, é filha de uma família de homens gentis. Seu pai, militar, nascido em Manaus (AM), e a mãe, professora, natural de Maceió (AL), lhe deram dois irmãos e uma irmã. Seu irmão mais velho faleceu recentemente, vítima do coronavírus. Já a mãe se prepara para celebrar cem anos de vida em junho deste ano.

Geralmente, as pessoas acham que as feministas e as pessoas que lutam contra a violência contra as mulheres, que lutam pelos direitos das mulheres, são mulheres que sofreram algum tipo de violência na vida, ou algum tipo de privação. Não é o meu caso, nunca tive isso. O meu pai era uma pessoa gentilíssima, meu avô, meus tios. Sou de uma família de homens gentis. E, como Freud explica, também me casei com um homem extremamente gentil”, contou.

Apesar da época e da trajetória militar, ela revelou que o seu pai era uma pessoa de mente aberta. Artista, gostava de pintar e fazer esculturas. O rigor dentro de casa era cobrado pela mãe, principalmente na hora de estudar.

Um dia desses ela estava recordando, embora vá fazer cem anos agora ainda tem ótima memória, dizendo: ‘eu nunca botei professor particular para vocês, sempre fui eu que ensinei’. E era mesmo. Inclusive para os meus filhos, porque eu não tinha tempo e mandava eles para a casa da minha mãe. Papai ensinava algumas matérias e mamãe ensinava outras”, riu.

Memórias de infância

A família Bentes, de seu pai, embora seja oriunda de Belém (PA), migrou para Alagoas na década de 30 do século passado. Seu avô paterno era engenheiro agrônomo e a avó, uma típica mulher prendada do início do século XX: tocava bandolim, dava aulas de piano, cozinhava muito bem, fazia crochê.

A trajetória de seu pai no Exército Brasileiro fez com que a família de Solange se mudasse diversas vezes. Ela morou em Maceió, Recife, Manaus e, em 1960, mudaram-se para o Rio de Janeiro, onde ela ficou por toda a sua adolescência.

Da infância em Manaus, ela lembra com carinho dos banhos nos igarapés, para refrescar o calor, e da simpatia do povo manauara, sempre muito comunicativo. Além, é claro, das comidas típicas.

Era uma época em que ninguém conhecia açaí, pupunha, cupuaçu. Conheci essas frutas desde cedo, porque como o meu avô era engenheiro agrônomo, no quintal da casa dele, em Maceió, tinha plantado todas essas frutas”, disse.

No Rio de Janeiro, tive a oportunidade de estudar em ótimos colégios, o que ajudou muito na minha formação profissional, ao mesmo tempo vivi uma época considerada como “os anos dourados”, o que permitiu construir amizades duradouras”, relembrou.

Questão de educação

Uma das histórias contadas pela mãe de Solange é a de que o seu bisavô materno era um abolicionista, que escondia e protegia os escravos que fugiam à época, na cidade de Penedo (AL).

A gente já vem de uma família que foi criada respeitando os direitos humanos, e eu fui criada assim. Meus avós, meus pais, sempre trataram todo mundo muito bem. Nunca vi minha mãe gritar com ninguém dentro de casa, nem meu pai, meus avós. Muito pelo contrário. Essa parte de sensibilidade para a igualdade das pessoas, que todo mundo merece respeito, acho que foi uma questão de educação”, opinou.

Outra característica que ajudou a tucana a apurar o seu interesse pelos direitos humanos foi o amor pela leitura. Nesse quesito, ela foi influenciada pela biblioteca de seu avô, que tinha o hobby de encadernar livros e revistas.

Vovô sempre gostou muito de ler, meus pais gostavam muito de ler, então eu fui criada em um ambiente de gente que gostava de ler. Naquela época não tinha televisão, então a diversão era a leitura mesmo”, relatou.

O caminho da independência

Em 1967, a família da alagoana voltou para Maceió, e Solange ingressou no curso de Direito da UFAL, tendo se transferido em 1971 para a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), onde se formou. Em 1967, ao chegar em Maceió, conheceu o marido, estudante de Direito em Recife, de quem herdou o sobrenome Jurema. Se casaram em 1971, e tiveram três filhos: Guilherme, Renata e Gustavo. Ela hoje tem oito netos.

A tucana destacou que desde cedo teve como objetivo alcançar independência profissional e financeira. Por conta disso, embora não fosse comum à época para uma mulher, aos 19 anos prestou concurso e foi aprovada para trabalhar em um banco.

Nessa ocasião, teve a experiência de conviver com posições machistas, quando o gerente do banco procurou seu pai, então Secretário de Segurança de Alagoas, indagando se poderia contratá-la. Seu pai, que sempre se destacou como uma pessoa de mente aberta, à frente de seu tempo, respondeu que se ela queria e conquistou o cargo por merecimento, não seria justo impedi-la de realizar seu sonho.

Ao mesmo tempo, seu tio, um empresário conservador, inconformado com a situação, propôs a ela que não assumisse o cargo. Em troca, ele lhe daria uma mesada equivalente, pois entendia que não ficava bem uma moça jovem trabalhar em um banco, em função administrativa. Ela não aceitou.

Algum tempo depois, Solange trabalhou nas secretarias de Viação e Obras Públicas e de Planejamento de Alagoas, onde iniciou sua experiência no serviço público.

Início da trajetória política

Motivada pelos primeiros ensinamentos adquiridos nos tempos do Colégio de Aplicação do Rio de Janeiro, Solange, ao ingressar na Faculdade de Direito de Maceió, começou a dar seus primeiros passos na vida política, engajando-se no Movimento Estudantil, defendendo bandeiras de respeito aos direitos de cidadania e a volta ao regime democrático.

Ao se transferir para Recife, ela deu continuidade a seu compromisso político, participando ativamente de movimentos leigos da Igreja Católica, quando teve o privilégio de conviver com Dom Helder Câmara, Arcebispo do Recife, exemplo de vida para qualquer ser humano.

Solange trabalhou como advogada até 1978, quando nasceu o seu terceiro filho. A partir daí, ela deu uma pausa no trabalho para se dedicar à família.

“É aquela velha história das mulheres. Tem certos momentos em que você não dá conta, e às vezes eu fico pensando naquelas que têm que dar conta, que não têm opção, e que a gente sabe que são a maioria”, refletiu.

De volta a Maceió, em 1982 ela fez concurso e assumiu como Procuradora de Estado, cargo que ocupou por quase 20 anos, atuando na área de consultoria administrativa. Foi a partir daí que iniciou sua trajetória política mais voltada para o universo feminino, ao ser convidada a fazer parte da Associação Brasileira das Mulheres de Carreira Jurídica (ABMCJ). Nesse momento, ela despertou sua consciência para as desigualdades que as mulheres enfrentavam.

“Naquela época não existia rede social, é bom lembrar isso. Tinha televisão, mas a televisão não era todo mundo que tinha. Não tinha essa comunicação que tem hoje. Não tinha computador, celular. Você ficava ilhada nas suas próprias convivências, sua própria existência, sua própria vida. Fui me dar conta da grande desigualdade que existia na área, principalmente, de gênero, e do grande sofrimento que as mulheres passavam em todas as áreas, inclusive na discriminação profissional, e na questão da violência, quando comecei a participar dessa associação”, apontou.

Tornou-se então presidente da ABMCJ em Alagoas, e atuou como presidente nacional da entidade de 1994 a 1997. Solange participou ainda da construção do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), representando a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) na condição de Conselheira, e integrou o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM), assumindo a sua presidência em 1999.

Políticas para mulheres

Como presidente do CNDM, responsável por pensar, formular e sugerir políticas públicas, Solange Jurema encampou a reinvindicação do movimento de mulheres para criação de um órgão que pudesse executar essas ações, em articulação com outros ministérios. Foi então que iniciou as conversas com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e a ex-primeira-dama, Dona Ruth, que levaram à criação da Secretaria de Estado dos Direitos das Mulheres, em 2002, com status de Ministério, e, no governo seguinte, transformada em Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres.

Ela contou que estava na maternidade, acompanhando o primeiro parto de sua filha, quando recebeu um telefonema do Presidente FHC, convidando-a para ser a primeira ministra da mulher no Brasil.

“Eu estava na maternidade com minha filha, naturalmente nervosa, e quando estava nessa ansiedade toda, me ligam dizendo ‘o presidente quer falar com a senhora’. Nesse primeiro momento, achei até que era trote, porque era o dia “1º de abril”, mas depois reconheci a voz de FHC. Ele me disse: ‘olha, Solange, amanhã eu vou anunciar a criação da Secretaria de Estado com status de Ministério, e gostaria que você estivesse aqui, porque vou anunciar os novos ministros’. Aí eu disse: ‘presidente, sinto muito. Fico muito honrada com o convite, muito feliz, mas não posso sair amanhã. Minha filha está tendo menino a essa hora, hoje, e não posso deixar a minha filha. Infelizmente, mãe é insubstituível, e ministro não é’”, explicou.

“Aí ele deu uma gargalhada e disse: ‘é questão de gênero, não é, Solange?’. E eu disse ‘é, presidente, é uma questão de gênero. Não posso deixar a minha filha’. Mas ele anunciou, o meu nome e a criação do ministério. Ficou todo mundo me procurando na solenidade e eu não estava lá”, divertiu-se a tucana.

À frente da pasta, seu maior desafio foi o de montar um ministério consolidado em apenas um ano, de forma que não fosse desarticulado pelo governo seguinte. Para isso, ela teve a ajuda de uma equipe comprometida e técnica, da Bancada Femina do Congresso Nacional, partidos políticos e movimentos feministas, convidados a dar sugestões e debater proposições. Mas vale destacar que sua maior aliada foi Dona Ruth Cardoso, a quem dedica uma grande gratidão, pelo apoio institucional e pessoal que dela recebeu em todos os momentos.

Como resultado, conseguiram compilar o primeiro relatório que catalogava a situação das mulheres brasileiras em diversos setores, como saúde, educação e violência.

“Outra coisa que fizemos foi dar início a uma grande capacitação daqueles que compunham as Delegacias Especiais das Mulheres. O objetivo era dar uma resposta ao que as mulheres mais reclamavam, a falta de respeito, insinuações maldosas, além de serem maltratadas rotineiramente. Chegavam violentadas, apanhadas, estupradas, e às vezes ainda sofriam outro tipo de violência nessas delegacias. A gente também aumentou muito o número de casas abrigo para as mulheres, porque elas sofriam, apanhavam e terminavam sendo mortas, como a gente vê ainda hoje, se elas não têm para onde ir ou um apoio maior”, elencou.

Dentre as várias ações políticas desenvolvidas pelo recém criado Ministério da Mulher, podemos destacar: a) apoio da ONU para desenvolver a formulação de estratégias para governabilidade em gênero; b) proposta dirigida ao Presidente visando a implantação de política de transversalidade em gênero nos diversos ministérios; c) parceria com o Sebrae para apoio às micro e pequenas empresas dirigidas por mulheres; d) ações afirmativas para capacitação de mulheres nas atividades rurais; e) articulação suprapartidária com a bancada feminina no Congresso Nacional, com o objetivo de fortalecer a rede legal em defesa da mulher; f) articulação com o poder judiciário para promover a participação feminina nos Tribunais Estaduais e Federais; g) coordenação de ações específicas em prol das mulheres negras e indígenas com o objetivo de combater a discriminação e promover o acesso às esferas de poder; h) articulação junto ao Congresso Nacional para a ratificação do Protocolo Facultativo à Convenção sobre a eliminação de todas as formas de discriminação contra a mulher, que permitiu às brasileiras poderem recorrer à Justiça Internacional; i) participação do Conclave Internacional na ONU, em Nova York, para avaliação do Encontro Mundial de Mulheres, realizado em Pequim/1995; j) Coordenação como Presidente Pro-Tempore da Reunião Especializada do Mercosul para analisar a situação da mulher na América Latina, em parceria com o Itamaraty.

Por fim, do ponto de vista político, a grande conquista afirmativa para o Movimento de Mulheres foi diante da indicação do CNDM, a nomeação da primeira mulher para compor o STF, Ministra Ellen Grace.

Capacitação para todas

Filiou-se ao PSDB em 2003, e logo se envolveu com o PSDB-Mulher. Em 2013, assumiu a presidência do Secretariado e procurou fazer uma gestão compartilhada, além de fomentar as capacitações políticas para mulheres oferecidas em parceria com a Fundação Konrad Adenauer (KAS).

“Nós começamos essa articulação que já existia em São Paulo, mas não tínhamos as capacitações nacionais. Ontem estava vendo as nossas prefeitas numa Live, e digo: quanto orgulho! Fizemos essa articulação toda, com capacitações para lideranças, candidatas, presidentes dos secretariados, integrantes do PSDB-Mulher. Acho que isso fez o PSDB-Mulher crescer muito, se fortalecer. Aos poucos, a gente foi conseguindo também independência econômica, que a gente não tinha antes, para poder gerir os recursos. Hoje, o PSDB-Mulher está bem fortalecido”, comemorou ela.

Reeleita ao cargo em 2015, uma das grandes conquistas de sua gestão foi a alteração no Estatuto do PSDB que garantiu ao PSDB-Mulher assento e voto nas reuniões da Executiva Nacional. Até então, o Secretariado só podia votar em questões “pertinentes à mulher”. Após a mobilização promovida pelo PSDB-Mulher, o partido decidiu em Convenção Nacional que uma das vagas de vice-presidente do colegiado deveria ser, obrigatoriamente, ocupada por uma mulher.

Durante as gestões de Solange Jurema à frente do Secretariado Nacional, foram compiladas diversas publicações, entre elas bandeiras eleitorais, a cartilha “Cultura da Paz e Feminismo Profundo” e o Manual da Candidata. O PSDB-Mulher também passou a distribuir material de divulgação e realizou campanhas de mobilização e filiação de mulheres em nível municipal, estadual e nacional.

Sob o seu comando, o Secretariado começou, em 2016, a monitorar o repasse de verbas para candidatas nas eleições municipais, oferecendo consultoria e orientação jurídica.

Em 2007, Solange Jurema assumiu a Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social no governo Teotônio Vilela, em Alagoas. Em sua gestão, conseguiu implantar o sistema único de assistência social em todos os municípios do estado, além de diversas ações específicas como restaurante popular e bolsa gestante.

Em 2008, teve sua primeira e única disputa eleitoral, quando foi candidata a Prefeita de Maceió, pela legenda do PSDB.

Atuou ainda como Secretária Municipal do Trabalho, Economia Solidária e Abastecimento de Maceió, em 2013, na Prefeitura de Rui Palmeira, onde focou na criação e fortalecimento de grupos de mulheres trabalhadoras informais.

“O Brasil consegue sobreviver nessa crise toda por causa do trabalho informal, que é invisível. Isso sustenta esse país. E sabe quem são a maioria dessas pessoas invisíveis que sustentam esse país? Mulheres. Elas é que são as grandes empreendedoras. Um homem, quando perde o emprego formal, fica desesperado, porque culturalmente ele é tido como provedor, então ele se sente muito diminuído. A mulher não. Ela quer ganhar dinheiro para botar comida em casa. Ela se reinventa. Ela vai fazer bolo, vai costurar, vai ser personal stylist, blogueira, o que der”, considerou.

“Na área da assistência social, do trabalho, quando você tem essa visão da discriminação, da desigualdade, e como a mulher pode ser o elemento de transformação, acho que ajuda muito, porque você vai em busca dessas mulheres e consegue dar uma dimensão muito mais efetiva. Até porque, a gente sabe que se você capacita uma mulher, ela melhora a sua família, sua comunidade. Ela multiplica. Em todas as áreas em que assumi, isso me ficou muito evidente: como elas são os grandes esteios das suas famílias”, acrescentou a tucana.

Mulheres à frente

Para Solange Jurema, o Brasil enfrenta hoje, além da crise causada pela pandemia do coronavírus, um desmonte de suas políticas sociais. Quem sai mais prejudicada são as mulheres, que estão na linha de frente do combate ao vírus, são mais afetadas pelo desemprego, pela falta de creches para cuidar de seus filhos, e pelo aumento da violência doméstica em razão do isolamento social.

“O que a gente vê é uma falta de sensibilidade total para as questões da desigualdade, que está aumentando de novo drasticamente. A pobreza, a miséria, não interessam a ninguém. Não adianta estarem armando toda a população. Na hora em que você aumenta a miséria, você aumenta a violência. Você tem que buscar as causas. Quer dizer, é uma inversão total de prioridades, de valores. É um retrocesso total”, lamentou.

É por isso que a presidente de honra do PSDB-Mulher defende o aumento da representatividade feminina nos espaços de poder, de forma que as políticas públicas que afetem especificamente as brasileiras possam também ser pensadas, elaboradas e discutidas por mulheres.

“Feminista é aquela ou aquele que luta para que as mulheres tenham os mesmos direitos e oportunidades que os homens. Simples assim. Você não precisa ser radical, raivosa, mal-amada, como eles diziam. Eu mesmo sou casada, vou fazer bodas de ouro esse ano, 50 anos”, brincou a tucana.

“As mulheres precisam ter os mesmos direitos e oportunidades. E para isso, a gente precisa ter mais mulheres nos espaços de poder. Elas entram com um outro olhar, mais amplo, enxergando mais as desigualdades, porque, de certa maneira, todas elas sofreram algum tipo de discriminação ou desigualdade em algum momento da vida, ou viram alguém sofrer. Isso faz com elas desenvolvam mais sensibilidade. Acho que gente precisa ter mais mulheres nos espaços de poder, seja no Executivo, Legislativo, Judiciário, ou nas empresas. A gente precisa ter mais mulheres que levem pelo Brasil, e por qualquer lugar que estejam, esse olhar de lutar contra a desigualdade em todos os espaços. A desigualdade não interessa a ninguém”, completou Solange Jurema.

Veja algumas imagens da trajetória de SOLANGE JUREMA: