O PSDB-Mulher Nacional manifesta a sua profunda preocupação com as mulheres, crianças, minorias e com todas as pessoas que prezam a liberdade e a defendem no Afeganistão. O Talibã retomou o poder 20 anos após ser destituído por uma coalizão militar internacional. Após o presidente Ashraf Ghani fugir do país e o palácio presidencial ter sido tomado pelos combatentes do grupo extremista, têm circulado pelas redes sociais e pelo noticiário internacional cenas de calamidade, com milhares de pessoas tentando fugir do regime.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 80% das pessoas que tiveram que deixar suas casas por conta do avanço do Talibã são mulheres e crianças.
O retrocesso está iminente. Quando esteve no poder, o Talibã aplicou no país uma interpretação rígida da Sharia, a lei islâmica, em que as mulheres não têm direitos. Escolas de meninas foram fechadas, mulheres foram proibidas de trabalhar e até mesmo de sair de casa sem permissão do marido, não podiam morar sozinhas e deviam se vestir com restrições. Muitas foram forçadas a se casarem com guerrilheiros do grupo. As que quebravam as regras eram submetidas a punições brutais e até mesmo execuções públicas.
Uma das vítimas do Talibã foi a ativista pela educação Malala Yousafzai. Ganhadora do prêmio Nobel da Paz, a paquistanesa sobreviveu após ser baleada na cabeça em 2013 pelo grupo extremista a caminho da escola. Apesar de porta-vozes da organização afirmarem que o Talibã quer uma transição de poder pacífica, prometendo proteger os direitos de mulheres, assim como a liberdade para os profissionais de mídia e diplomatas, não é o que se vê.
Nesse momento, ações humanitárias e de proteção aos refugiados são fundamentais. O mundo não pode apenas assistir enquanto, em pleno século 21, as mulheres têm os seus direitos, conquistados após muita luta, novamente cerceados.