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Nova York será comandada por uma feminista que defende os direitos da mulher

Foto: Mike Groll/Office of the Governor

Por ironia do destino, a renúncia de Andrew Cuomo, governador de Nova York (Estados Unidos) após denúncias de assédio sexual e conduta imprópria, levará, em 24 de agosto, ao comando do estado a vice-governadora Kathy Hochul, de 62 anos. Ela, que quando as acusações vieram à tona, afirmou acreditar nas mulheres e apoiou os pedidos pela renúncia de Cuomo.

Como vice-governadora, liderou a campanha “Enough is Enough”, ação que visava combater o assédio e o abuso sexual nas universidades. “Como alguém que já serviu em todos os níveis de governo e está na linha de sucessão, eu estou preparada para liderar como a 57ª governadora do estado de Nova York”, escreveu ela no Twitter.

Diante do relatório da investigação contra Cuomo, Hochul usou a rede social para se manifestar sobre a investigação, que “documentou comportamentos repulsivos e ilegais do governador contra várias mulheres”.

Hochul iniciou sua carreira política pouco após se formar em Direito pela Universidade Católica, em 1980. É uma advogada com longo histórico de defesa das mulheres, além de defender direitos de minorias, como a população LGBTQIA+.

A governadora defende salários igualitários para homens e mulheres e a aprovação de leis rígidas contra assédio e abuso sexual no estado de Nova York, além de estar à frente de projetos voltados para a qualidade de vida das mulheres. Em 2006, ela abriu ao lado da mãe e de uma tia a Kathleen Mary House, um abrigo de transição para vítimas de violência doméstica.

Hochul integra ainda a Comissão do Sufrágio Feminino (Women’s Suffrage Commission), que celebrou o centenário da luta das sufragistas, que garantiram o direito ao voto.