O Secretariado Nacional da Mulher/PSDB entregou aos postulantes às Prévias que definirão o candidato da sigla à Presidência da República, além de dirigentes partidários, uma Carta-Compromisso pautada no Planejamento Estratégico do PSDB-Mulher Nacional para 2021 e 2022, nesta quarta-feira (9/6). Entre os pontos de destaque estão o estímulo à participação de mulheres na política e o apoio à paridade de gênero nos quadros internos do partido.
O documento destaca que em um país de raízes patriarcais, as mulheres são ainda mais afetadas pelas crises política, social, econômica e ambiental agravadas pela pandemia do coronavírus, que colocam em risco avanços históricos já conquistados pelas mulheres e a sociedade como um todo. Para reverter esse quadro, é preciso trabalhar de dentro para fora.
“São preocupantes os sinais de ameaça à democracia e, com eles, propostas de um verdadeiro desmonte das políticas públicas para as mulheres. Para mudar esta realidade, precisamos iniciar as transformações, começando dentro do próprio PSDB, construindo o caminho da efetiva participação das mulheres na política dentro da agenda + Mulheres na Política”, aponta o texto.
A carta propõe ações concretas para fortalecer não apenas o PSDB-Mulher, mas ampliar a representação feminina na política e nos Espaços de Poder.
Um dos itens chave é o estímulo à implementação da paridade de gênero nos quadros internos do PSDB em todas as instâncias, em consonância com a Agenda 50/50.
O documento ressalta que, em um esforço permanente para combater a sub-representatividade feminina, o PSDB-Mulher tem promovido numerosos cursos e workshops de capacitação e formação política para as mulheres, que têm sido inclusivos e qualitativamente transformadores. Graças a isso, foram eleitas em 2020 55 prefeitas – entre elas a única prefeita de capital, Cinthia Ribeiro, em Palmas (TO) – além de 64 vice-prefeitas e 719 vereadoras.
O Secretariado também pede dos dirigentes partidários mais engajamento em candidaturas de lideranças femininas; autonomia para as mulheres gerenciarem os recursos referentes aos 30% do financiamento eleitoral destinados às candidaturas femininas nas eleições de 2022, e os 5% do Fundo Partidário destinados à formação política das mulheres; e estímulo à formação de mulheres em tecnologias digitais.