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Tucanas celebram sanção de projeto que distribui absorventes nas escolas municipais de Serra Negra do Norte (RN)

As vereadoras do PSDB Ana Karinne e Vânia Fernandes, de Serra Negra do Norte (RN), celebraram, na última sexta-feira (28/5), a sanção de um projeto de Lei de autoria das duas que institui um programa de fornecimento de absorventes higiênicos nas escolas públicas municipais. A Lei Municipal 763/2021 foi sancionada pelo prefeito tucano Sérgio Fernandes.

No dia 28 de maio é comemorado o Dia Internacional da Higiene Menstrual, data criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para conscientizar a população acerca de um problema enfrentado por meninas e mulheres de todo o mundo por conta da falta de acesso a produtos básicos de higiene e saneamento, além da falta de conhecimento e o estigma que rondam a menstruação ainda hoje: a pobreza menstrual.

Para a vereadora Ana Karinne, a sanção do projeto justo em uma data tão simbólica é um sinal de avanço.

“Aqui em Serra Negra só tem duas vereadoras mulheres, e todas as duas são do PSDB. Nós tivemos a grata satisfação de ter um projeto de Lei da gente sancionado pelo prefeito, logo hoje que é o Dia Internacional da Higiene Menstrual e de Luta da Saúde da Mulher”, comemorou.

“A gente tinha apresentado esse projeto na Câmara. Foi aprovado por todos os vereadores no início de maio, e hoje o prefeito sancionou, instituindo o programa de distribuição de absorventes nas escolas públicas municipais. Nós sabemos que a pobreza menstrual é uma pauta que está em alta devido à relevância e importância”, explicou ela.

 

 

No Brasil, uma pesquisa de 2018 da marca de absorventes Sempre Livre revelou que 22% das meninas de 12 a 14 anos de idade não têm acesso a produtos higiênicos adequados durante o período menstrual. Entre as adolescentes de 15 a 17 anos, a porcentagem sobe para 26%.

Entre as principais causas para o problema, está a questão financeira: menstruar custa caro. Um pacote de absorventes descartáveis custa, em média, R$ 12. Segundo estimativas da ONG Girl UP, movimento em prol dos direitos da mulher, as brasileiras gastam entre R$ 3 mil e R$ 9 mil com absorventes ao longo da vida.

Por ser um gasto que muitas mulheres em situação de vulnerabilidade social não têm condições de fazer, elas acabam recorrendo a meios inadequados, como pedaços de pano, papelão, papel higiênico, jornal e até miolo de pão, para tentar conter o sangue, o que pode gerar riscos à saúde, como infecções do trato reprodutivo e urinário.