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Sem mulheres entre os integrantes, Bancada Feminina do Senado marca presença na CPI da Pandemia

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Mesmo sem nenhuma mulher entre o quadro de parlamentares que compõem a CPI da Pandemia no Senado Federal, ainda que a Casa conte com 12 senadoras entre suas 81 cadeiras – o equivalente a 15% do total, a Bancada Feminina marcou presença nos trabalhos iniciados nesta terça-feira (4/5), com o depoimento do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta.

Líder da Bancada Feminina no Senado, Simone Tebet (MDB-MS) reforçou a decisão das senadoras de trabalhar em esquema de rodízio para acompanhar presencialmente as reuniões da CPI.

Para ela, a participação das mulheres pode ser decisiva para o bom andamento das apurações.

“A bancada feminina se faz presente, sim, nesta comissão, mesmo sem direito a um assento. Não tenham medo da palavra e da fala de uma senadora. Estamos aqui porque nós queremos buscar a verdade”, afirmou.

A senadora lembrou ainda que a Bancada Feminina é formada por parlamentares de diferentes partidos e linhas ideológicas. O objetivo de sua atuação na CPI da Pandemia, no entanto, é o mesmo: a defesa da vida.

“Os fatos desta CPI, sabidamente determinados e infelizmente continuados, não são fatos de luz, mas de escuridão, pela perda de mais de 400 mil brasileiros motivada, em grande parte, pela omissão ou má gestão dos que deveriam cuidar da luz da vida. Vidas interrompidas, vidas paralisadas, vidas perdidas”, lamentou Simone Tebet.

“É com esse espírito que nós, da Bancada Feminina do Senado Federal, embora não integrantes desta CPI na sua formalidade, estaremos atuando nesta comissão: na defesa da vida. É da nossa natureza, porque a vida se concebe dentro de nós. A vida para a qual damos luz”, acrescentou.

BONS EXEMPLOS

Foto: Alexssandro Loyola/Lid. do PSDB na Câmara

Atenta aos desdobramentos da CPI, a integrante da Bancada Feminina e senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) comentou, em suas redes sociais, a justificativa do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello para não comparecer ao depoimento que estava marcado para esta semana: ele alegou ter tido contato com pessoas infectadas, estando, portanto, com suspeita de Covid-19.

A tucana lembrou o episódio ocorrido apenas uma semana antes, quando o ex-ministro foi flagrado circulando por um shopping em Manaus (AM) sem usar máscara de proteção. Questionado sobre a falta do equipamento, ele foi irônico: “Onde compra isso?”, perguntou.

“Depois do passeio sem máscara ao shopping, Pazuello não poderá participar da CPI porque teve contato com pessoas infectadas. Que sua ausência – estratégica ou não – ensine o ex-ministro a cuidar de sua saúde e dar bons exemplos aos brasileiros”, rebateu a senadora.