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Tucanas unidas em prol do sucesso nas urnas

A união das tucanas em torno de um projeto que dê continuidade aos trabalhos e conquistas do PSDB-Mulher nestas eleições de 2020 marcou a reunião desta terça-feira (21/07) do Secretariado Nacional do segmento. A presidente do PSDB-Mulher Nacional, Yeda Crusius, pontuou as ações que vem executando a fim de repetir o sucesso nas urnas para as mulheres que foi em 2018. Yeda anunciou que na próxima semana todas as ferramentas da Plataforma Digital PSDB-Mulher 2020 estarão disponíveis para as pré-candidatas e suas assessorias, inclusive a Educação a Distância (EAD).

“Hoje tudo é virtual, o que reduziu custos para a gente atender melhor cada pré-candidata. Nós existimos para capacitar mulheres para a política. Nós temos o modelo que deu certo, sabemos o que estamos fazendo. Quem diz isso é o mercado político”, disse Yeda.

A presidente tucana destacou como o segmento tem se destacado no meio político e o fato do controle realizado pela Comissão Eleitoral no pleito passado ter impedido candidaturas de mulheres laranjas. “É uma ferramenta que está sendo falada. Ela que vai nos permitir mais uma vez capacitar mulheres, só que agora não com 300 candidatas, mas 10 mil possíveis candidatas. E o melhor é que não temos nenhuma laranja. É o que nós queremos: o máximo de candidatas e nenhuma laranja”, frisou.

Única governadora mulher eleita pelo PSDB na história, Yeda tem lutado junto às tucanas pela equidade de gênero na política.

“O nosso modo para melhorar a inclusão política é caminhar pro 50/50, que a preparação das candidatas passe pelo secretariado do PSDB-Mulher, e poder contar com nossos parceiros, apoiadores e aliados para garantir a participação feminina”, espera.

A conquista dos 30%

A assessora jurídica do PSDB-Mulher, Luciana Loureiro, aproveitou a reunião para esclarecer pontos da Legislação Eleitoral que as mulheres precisam está atentas, como por exemplo, como é feita a divisão do Fundo Partidário em épocas de eleições. A advogada alertou que, embora os Tribunais tenham determinado que no mínimo 30% dos recursos sejam destinados às mulheres, assim como o tempo de TV seja proporcional ao número de candidatas, não há legislação que obrigue os partidos a abraçarem todas as candidaturas femininas.

“Todas as candidaturas femininas têm que receber esse dinheiro? Na verdade, esta é uma decisão do partido. Nem os tribunais, nem o Congresso fizeram lei que obrigue o partido dizer que esse recurso vai para todas as candidaturas. Mas, o PSDB-Mulher nas eleições de 2018 conseguiu fazer um trabalho que a gente alcançou todas as nossas candidatas”, recordou.

Luciana explicou que a medida funcionou no PSDB nas últimas eleições porque o presidente nacional à época, Geraldo Alckmin, delegou ao PSDB-Mulher a responsabilidade de distribuir o Fundo Eleitoral às candidaturas femininas com os próprios critérios, dando autonomia à presidente Yeda Crusius. Feito isso, Yeda determinou a criação de uma Comissão Eleitoral que avaliou todas as candidaturas antes de liberar o recurso, o que foi determinante para evitar as falsas candidatas para cumprir cota. Por esta razão, o PSDB-Mulher passou a ser referência, citado como bom exemplo pelos Tribunais, ONU Mulheres e organizações feministas.

“Então, quem teve acesso aos valores e destinou junto a Comissão Eleitoral, que avaliava candidatura por candidatura, foi o nosso segmento. A gente conhecia as candidatas. Por isso, não tivemos casos, não viramos manchete na imprensa com casos de candidatura laranja. Tivemos muito cuidado com isso”. E completou: “E nessa eleição para que isso aconteça novamente é preciso que a nossa Executiva mantenha a mesma postura. Eles precisam destacar o segmento feminino e dizer olha quem conhece as mulheres do PSDB são as mulheres do PSDB-Mulher. Porque deu muito certo”, levantou a questão.

As tucanas presentes manifestaram-se favoráveis a manutenção do sistema adotado em 2018. A coordenadora regional do PSDB-Mulher Sudeste, Tiana Azevedo, e as presidentes estaduais do PSDB-Mulher, Edna Martins (SP) e Paula Ioris (RS), destacaram que o momento exige estado de atenção e união do segmento para evitar que as candidatas do PSDB-Mulher percam espaço. Algumas tucanas relataram enfrentar ainda a intolerância de dirigentes machistas.

Juntas Somos Mais Fortes

A presidente do PSDB-Mulher de Santa Catarina, Luzia Coppi, relatou os bons frutos que a dobradinha feita com a deputada federal e presidente do diretório estadual catarinense, Geovania de Sá, tem gerado.

“Aqui estamos organizadas como PSDB em 244 dos 245 municípios. Desses 110 municípios tem o PSDB-Mulher organizado, com presidente e com todo o secretariado. Estamos aí lançando uma média de 200 mulheres concorrendo às eleições, sendo que concorreremos à prefeitura em 18 municípios, com reais chances”, destacou.

As deputadas federais que participaram da reunião relataram como a medida de Geraldo Alckmin em 2018 foi fundamental para fortalecer o PSDB-Mulher, que em uma eleição em que o partido perdeu cadeiras no geral, conseguiu aumentar a bancada feminina em 60% na Câmara Federal, e 30% nas Assembleias Legislativas. Além de eleger a senadora Mara Gabrilli (SP).  

“Quero ajudar as nossas amigas e quero somar os meus esforços necessários para cuidarmos bem das candidaturas das tucanas de todo o Brasil. Podem contar comigo”, garantiu Rose Modesto, a deputada federal mais bem votada de Mato Grosso do Sul em 2018.

A deputada federal e presidente do diretório municipal do PSDB Maceió, Tereza Nelma (AL), apoia que a lista das pré-candidatas municipais passe pelo crivo do Secretariado Nacional. Tereza Nelma contou que tem se reunido semanalmente com as postulantes e que algumas inovações têm sido consideradas pelo diretório, como o do mandato compartilhado, que é uma forma de exercício de cargo eletivo legislativo, em que o representante se compromete a dividir o poder com um grupo de cidadãos.

“Muito interessante à vontade e a renovação que está tendo dentro do partido. Ainda estamos conversando e queremos ouvir o PSDB-Mulher nacional sobre a questão”, salientou.

A deputada federal e presidente do diretório estadual do PSDB do Acre, Mara Rocha, também reiterou apoio ao PSDB-Mulher para garantir a eleição do maior número de mulheres. Mara Rocha também aproveitou para parabenizar o trabalho que tem sido realizado pela presidente Yeda Crusius a frente do segmento.

“A gente se prepara para a campanha com muitas mulheres com chances reais de ganhar. Ficamos muito felizes por esse momento vivido pelo PSDB. E isso é muito fruto do teu trabalho, Yeda. O PSDB conseguiu chegar no Norte. Anteriormente, não tínhamos esse olhar do partido. E o PSDB-Mulher nos inseriu nesse contexto e nos aproximou de mulheres de todo o país”, frisou a deputada mais bem votada no Acre em 2018.