Opinião

Editorial: Eleições adiadas, novo calendário eleitoral

O Senado aprovou ontem, dia 23 de junho, em 1º turno, um novo calendário para as eleições municipais. Ainda tem mais três turnos, um no Senado e dois na Câmara dos Deputados. Mas está escrito que haverá adiamento e que todo o processo terminará em dezembro.

Consultado virtualmente, o Secretariado do PSDB-Mulher manifestou-se: é inevitável ajustar-se a esse adiamento, com todas as suas consequências. Se é inevitável, há que mensurar os prós e contras, e capacitar desde já as pré-candidatas tucanas.

Haverá mais tempo, mas menos campanha, como sempre foi feita. O mundo virtual vai predominar ao mundo dos comícios, dos abraços e apertos de mão. A mensagem tem que chegar à palma da mão de um eleitor, e de uma eleitora, nestes tempos cansados da guerra política. Imperioso motivá-los, através de candidatas confiáveis.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Barroso, encaminhou formalmente ao Congresso Nacional uma Proposta à Emenda à Constituição (PEC) nº 18/2020, adiando as eleições municipais e todo o calendário eleitoral para começar em agosto e durando 90 dias, por causa da pandemia da Covid-19.

Não à prorrogação de mandatos dos atuais prefeitos e vereadores. Sim ao adiamento, por inevitável. O vírus venceu, é agressivo e resistente, não se permite pensar na aglomeração típica das campanhas do passado, com seus comícios e permanente contato social. Candidatas devem se apresentar de outro modo. Há evidente benefício para os que já ocupam mandatos hoje. São conhecidos, e muito conhecidos, porque o noticiário é 24 horas sobre as ações de combate ao coronavírus nos municípios.

Mas também para a propagando eleitoral haverá um período maior. Há que saber usá-los, os meios digitais desde agora, e os da propaganda eleitoral. pois, para mostrar a candidata aos eleitores pelo mundo virtual. Há um consenso para que o legítimo direito ao voto possa ser exercido com toda a cautela sanitária.

Especialistas como o epidemiologista David Uip endossam o adiamento das eleições e chegam a garantir que adiá-la por dois meses poderá salvar milhares de vidas. É exatamente esse o prazo, de dois meses, que o TSE sugere. A extensão do horário de votação, a criação de mais postos para que se evite aglomerações e o uso de álcool em gel são algumas das medidas estudadas.

Existe até a possibilidade de adiar, por um período mais longo, as eleições em municípios com alto grau de contaminação, ouvido sempre o Congresso Nacional e desde que tudo seja completado até 27 de dezembro. Muda a natureza das tarefas partidárias para eleger o maior número de tucanas prefeitas e vereadoras.

Assim como em 2018, um objetivo é não deixar com que a prática partidária leve a ter candidatas “laranjas”. Outro é eleger capacitando para essas eleições digitais, respeitando a legislação eleitoral. O PSDB-Mulher teve sucesso: agora é radicalizar. Por isso, a criação da Plataforma Digital 2020 PSDB-Mulher neste mês mostrou seu acerto.

Serão mais de 10 mil candidatas em todo o país e a indicação do apoio a elas seguirá rigidamente esses objetivos. Cursos de formação política online e novos conteúdos, cartilha com as Bandeiras, Eleitorais, Manual Voto Legal, eventos e painéis de debate. Até o início da campanha “nas ruas”, em setembro, cada uma terá seu material de campanha individual. Para estar acessível na palma da mão, via celular, compartilhado nas redes sociais. Vamos eleger Mais Mulheres na Política!

Estaremos firmes no cumprimento da legislação eleitoral que determina que pelo menos 30% das vagas e 30% dos recursos do Fundo Eleitoral sejam aplicados em candidaturas femininas. Ofereceremos ao povo brasileiro nomes de mulheres identificadas com as propostas da social democracia brasileira, novas na política ou reconhecidas por seu trabalho junto à comunidade, honestas, e preparadas para o bom embate nesse nosso mundo político que, com razão, causa tanta desconfiança junto aos eleitores.

PSDB-Mulher
Data do Editorial: 24/06/2020