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Rose Modesto defende adiamento da aplicação das provas do Enem

Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília

A deputada federal Rose Modesto (MS) defendeu o adiantamento do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Mesmo com o isolamento social imposto pela pandemia da Covid-19, o Ministério da Educação manteve as datas e as inscrições para o exame começaram na segunda-feira (11) e vão até o dia 22. A parlamentar tucana salientou que a pandemia afetou a educação, principalmente daqueles que não tem acesso à internet e ao ensino a distância, e por isso defende a alteração do calendário das provas.

“As pesquisas apontam que mais de 50% dos estudantes brasileiros não tem acesso à internet, a um computador. Esses mais de 50% que não tem acesso a tecnologia, infelizmente não tem acesso ao conteúdo programático. Dessa forma, não vão conseguir chegar preparados e nas mesmas condições que outros estudantes para realizar o Enem”, ponderou.

Rose Modesto contou que os parlamentares estão tentando sensibiliza o Ministério da Educação para que a data seja adiada, dando assim oportunidade para todos se prepararem.

“Por essa razão, eu defendo o adiamento do Enem. Estamos tentando sensibilizar o Ministério da Educação para que essas datas sejam revistas para que a gente dê as condições que os alunos do nosso país, principalmente aqueles que mais necessitam, merecem neste momento. Vamos unir nossos esforços por uma educação de qualidade e dando oportunidade para todos”, disse.

Suspensão de editais e prorrogação automática

Tramitam no Senado propostas que tentam adiar a aplicação do Enem, entre elas o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 137/2020, apresentado pelo senador Izalci Lucas (DF), que suspende os editais do governo federal que determinam as datas para a realização das provas deste ano.

Para o senador, a prova deve ser prorrogada, nem que seja para janeiro ou fevereiro. Ele declarou que é impossível manter as datas atuais, pois 70% dos alunos da rede pública não têm acesso à internet.

“Muitos alunos de escola pública estão com aulas suspensas há meses, enquanto alguns alunos de escolas particulares têm aulas online regulares. Essa concorrência será justa no Enem 2020?”, questionou Izalci.

Com informações da Agência Senado