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Senadora Mara Gabrilli pede investigação de possíveis crimes de responsabilidade de Bolsonaro

Foto: Gerdan Wesley

A senadora Mara Gabrilli (SP) anunciou nesta terça-feira (28), em suas redes sociais,  seu apoio a instalação de duas CPIs (Comissão Parlamentar de Inquérito) e uma CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) para investigar possíveis crimes de responsabilidade cometidos pelo presidente da República. As suspeitas  surgiram após denúncias do ex-ministro da Justiça Sergio Moro de que Bolsonaro tentou interferir politicamente na Polícia Federal.

“Após as sucessivas ações do presidente Jair Bolsonaro diante da crise provocada pela Covid-19, na conduta duvidosa para a troca do comando da Polícia Federal, bem como nas atitudes lamentáveis nas relações diplomáticas com os demais países e instituições, informo abaixo algumas ações que venho realizando”, disse ao apoiar as investigações.

A senadora informou que também assinou a coautoria de duas Propostas de Emenda à Constituição.

A primeira PEC, apresentada pelo senador Reguffe, modifica os artigos 84 e 144 da Constituição Federal, para estabelecer que o Diretor-Geral da Polícia Federal seja previamente sabatinado e aprovado pelo Senado Federal, em votação aberta, para um mandato de dois anos, permitida uma recondução. Sua destituição pode ocorrer mediante iniciativa do Presidente da República, com aprovação de 3/5 do Senado Federal, em votação aberta.

A segunda PEC, proposta pelo senador Eduardo Girão, determina que o Diretor-Geral da Polícia Federal precise ser, necessariamente, da carreira de delegado federal, passando a ser chamado Delegado-Geral de Polícia Federal. Além disso, o indicado a esse cargo só poderá ser nomeado pelo presidente da República após a devida aprovação pelo Senado Federal.

“Seguirei acompanhando os próximos passos do presidente, torcendo e trabalhando pelo Brasil, e adotando as medidas possíveis para minimizar o impacto da Covid-19 na sociedade e na vida de cada brasileiro”, garantiu.

Além da troca polêmica no comando da Polícia Federal e do Ministério da Justiça,  o presidente acumula todos os dias declarações e atitudes polêmicas. A última ocorreu nesta terça-feira (28) quando, durante entrevista, uma jornalista disse ao presidente: “A gente ultrapassou o número de mortos da China por covid-19”. O presidente, então, afirmou:

“E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre”, disse, em referência ao próprio sobrenome.