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Darlene Araújo destaca mobilização para ampliar candidaturas femininas à prefeituras em GO

Em entrevista ao Popular veiculada no último sábado (29/2), a presidente do PSDB-Mulher de Goiás, Darlene Araújo, afirmou que o partido pretende ampliar o número de pré-candidatas a prefeitura de municípios goianos. Atualmente são 24 as postulantes. “Queremos ampliar este número até 24 de abril”, contou Darlene Araújo.

De acordo com a presidente tucana, a legenda vem se organizando para assegurar o uso da cota do Fundo Eleitoral.

Confira a matéria na íntegra:

As mulheres contam com maior respaldo legal e se mobilizam, nos partidos e em movimentos suprapartidários, para ampliar o número de eleitas neste ano. Um esforço para reverter a queda na representatividade feminina ocorrida em Goiás em 2018, além da presença ainda tímida no comando dos 246 municípios goianos: 34 prefeitas.

Estas eleições são as primeiras do veto às coligações proporcionais, o que obriga cada partido a ter ao menos 30% de candidatas. Se não cumprir a cota feminina, a sigla terá de reduzir as candidaturas de homens a fim de se adequar à proporção determinada em lei, o que tende a forçar o aumento da presença de mulheres na campanha.

Outra regra é que ao menos 30% da verba do Fundo Eleitoral, constituído de recursos públicos, têm de ser destinados às campanhas de mulheres, o que já está valendo desde o pleito de 2018.

Em Goiânia, por exemplo, onde há 35 vereadores, cada partido poderá lançar até 53 candidatos, dos quais, no mínimo 16 mulheres (30%). Até as últimas eleições, os partidos se coligavam e valia a média de candidaturas femininas do bloco, ou seja, uma legenda podia compensar o que faltava na cota de outra. Agora, cada sigla tem de assegurar número mínimo de candidatas.

“Eu acredito que é uma vantagem a chapa pura para o partido. Penso ainda que vai aumentar a possibilidade de eleger as nossas candidatas”, aposta a delegada Darlene Araújo, presidente do PSDB Mulher de Goiás. Atualmente, o partido tem 24 pré-candidatas à prefeita. “Queremos ampliar este número até 4 de abril” (prazo final para filiação).

No PSDB, eles vêm se organizando para assegurar o uso da cota do Fundo Eleitoral, informa Darlene. Conforme explica, o PSDB-Mulher nacional tem comissão eleitoral que fiscaliza a destinação do recurso para o PSDB-Mulher dos Estados e o Fundo candidatos, dos quais, no mínimo 16 mulheres (30%). Até as últimas eleições, os partidos se coligavam e valia a média de candidaturas femininas do bloco, ou seja, uma legenda podia compensar o que faltava na cota de outra. Agora, cada sigla tem de assegurar número mínimo de candidatas.

“Na eleição passada foi observado o perfil da candidata, se ela já tinha mandato, seu engajamento na campanha, dentre outros aspectos”, destacou.

Darlene diz que não houve problema com candidatas laranjas no PSDB e não vê dificuldades em atingir 30% de candidaturas de mulheres. “No PSDB, temos cerca de 40% de filiadas. Temos quadro feminino suficiente e qualificado”.

Além dos segmentos dentro dos partidos, também buscam alavancar as candidaturas femininas movimentos suprapartidários, como o Vamos Juntas, encabeçado pela deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP), e o Vote Nelas. Em Goiânia, o Goianas na Urna tem como meta eleger dez mulheres para a Câmara Municipal.

Hoje são cinco vereadoras na capital. “Somos apenas 14% na Câmara Municipal e 4% na Assembleia Legislativa”, comenta Emilia Marinho, presidente do Goianas na Urna. Entre os 41 deputados estaduais em Goiás, só há duas mulheres: Adriana Accorsi (PT) e Lêda Borges (PSDB).

*Com informações do jornal O Popular.