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Grupo de Trabalho do PSDB-Mulher define temas para o Congresso Partidário

Grupo de Trabalho do PSDB-Mulher reunido em São Paulo/ Foto: PSDB-Mulher Nacional

O PSDB-Mulher reuniu, pela primeira vez, na semana passada, em São Paulo, o Grupo de Trabalho, designado pela presidente nacional do PSDB-Mulher, Yeda Crusius, para definir sua pauta para Congresso Partidário.

No encontro foi apresentada a Carta do PSDB-Mulher com  sugestões para o Congresso Partidário, marcado para 12 de dezembro. O texto foi elaborado pela consultora especial do segmento, Lêda Tâmega Ribeiro, e referendado pelo Grupo de Trabalho.

Também, durante o encontro, foram escolhidos os 16 temas do PSDB-Mulher e responsáveis que apresentarão sugestões até o próximo dia 18.

Em novembro, de acordo com o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, haverá consulta pública pela qual todos os filiados poderão se manifestar. Bruno Araújo reiterou que a marca do PSDB é o “diálogo”, priorizado pelo partido, e preservado como ponto de equilíbrio.

Medalha Ceci Cunha

Durante a reunião foram designadas tarefas que devem ser executadas até dezembro, como identificar pré-candidatas para 2020 e identificar os diretórios que têm 50% de mulheres e as lideranças para as eleições municipais do próximo ano.

No encontro foi definida a criação da Medalha Ceci Cunha – símbolo da mulher na política e do combate à violência.

Ainda, durante a reunião, ficou definido que serão identificadas as 40 líderes multiplicadoras para o Curso do PSDB-Mulher com a Fundação Konrad Adenauer, que eu acontecerá em São Paulo entre os dias 31 de outubro e 1 de novembro.

Prazos

De 30 de outubro a 12 de novembro, o PSDB-Mulher concluirá suas propostas de teses guias do Congresso do PSDB. A redação final ficará a cargo de Lêda Tâmega, Edna Martins e Aspásia Camargo, seguindo o seguinte roteiro: diagnóstico, proposta e referência bibliográfica. O prazo para entrega será o dia 24.

Temas

Durante o encontro foram definidos os temas prioritários para o segmento que deverão ser apresentados no Congresso, são eles Contexto doutrinário das teses do PSDB – A defesa intransigente da democracia sob responsabilidade de Edna Martins, Aspásia Camargo e Lêda Tâmega.

Política para as Mulheres: Defesa dos 50% dos cargos para as mulheres a cargo de Iraê Lucena, Adriana Toledo e da deputada federal Tereza Nelma (AL). As Conquistas democráticas do PSDB e riscos de retrocessos sob responsabilidade de Fátima Guimarães, Lêda Tâmega e Aspásia Camargo.

Políticas sociais de superação da pobreza e da desigualdade a cargo de Wanda Engel, Fátima Guimarães e Solange Jurema, presidente de honra do PSDB-Mulher. Desenvolvimento Econômico e Agronegócio, assim como Financiamento do Desenvolvimento e Infraestrutura ficarão sob responsabilidade de Yeda Crusius.

Inovação e Tecnologia para a paz, Empreendedorismo, Emprego e Renda  sob responsabilidade de Tiana Azevedo e Ceumar. Educação com Maria Helena. Tiana Azevedo cuidará de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

Os temas relacionados a Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Economia Verde ficarão sob responsabilidade de Aspásia Camargo, Sérgio Besserman e Alfredo Sirkis. Os assuntos referentes a Relações Internacionais, Comércio Exterior e Política da Paz estarão com Cecília Otto, Iraê Lucena e Tiana Azevedo

Já Saúde e Saneamento ficará com Edna Martins, Segurança Pública e Enfrentamento da Violência com Yeda Crusius, Leandro Piquet e Raquel Lyra, prefeita de Caruaru (PE).

A Reforma do Estado – desburocratização, desestatização e descentralização – e Governança Democrática  – ética, combate à corrupção,  gestão e pacto federativo – ficarão com Aspásia Camargo e Adriana Toledo.

As questões relativas à Reforma Política e em defesa do Parlamentarismo terão como responsáveis Lêda Tâmega e Luzia Coppi.

Grupo de Trabalho

O Grupo de Trabalho, definido por Yeda Crusius, é formado por Fátima Guimarães, coordenadora de Formação e Cidadania, Lêda Tamega Ribeiro, consultora especial do PSDB-Mulher, Andréia Zemuner, coordenadora do Centro-Oeste, Iraê Lucena, coordenadora do Nordeste, Sebastiana Azevedo, coordenadora do Sudeste, Cecília Otto, coordenadora do Norte, Adriana Toledo, coordenadora de representação executiva.

Também compõem o grupo Thelma de Oliveira, primeira-vice-presidente do PSDB-Mulher e prefeita da Chapada dos Guimarães (MT), além de Luzia Coppi Mathias, coordenadora jurídica e presidente do segmento em Santa Catarina, Aspásia Camargo, presidente do Instituto Teotonio Vilela (ITV) do Rio de Janeiro, e Adriana Vasconcelos, assessora de comunicação do segmento.

Documento

Íntegra do documento preparado por Lêda Tâmega Ribeiro:

“Preparação da pauta que o PSDB-Mulher para o IV Congresso Nacional do PSDB

É com grande expectativa que participo deste primeiro encontro do PSDB-Mulher,   para definir uma pauta, que será apresentada ao plenário do  IV Congresso Nacional do partido. Essa é uma iniciativa inédita, uma vez que, em nenhum dos congressos anteriores o PSDB-Mulher tinha, no seio do partido, o status que, só depois de muitas lutas, conquistou, graças a notáveis vitórias nas urnas.

O PSDB-Mulher hoje quer se fazer ouvir em igualdade de condições com as demais vozes da direção nacional do PSDB. Aliás, é oportuno destacar aqui que,  já em 1988, os idealizadores do nosso Manifesto se preocupavam com a questão da  igualdade de gênero e a destacavam entre as teses que alinharam naquele documento histórico: “lutar pela efetiva igualdade dos direitos e deveres do homem e da mulher nos campos econômico, político e social e contra todas as formas de discriminação”.

Hoje, o nosso partido não parece tão seguro e confiante em suas escolhas. O quadro está confuso, não se enxerga um caminho para a convergência, o diálogo,  que permita o entendimento.  Há muitas questões a levantar e dúvidas a dirimir no que tange às intenções manifestadas e aos propósitos de se criar um pretenso NOVO PSDB, em meio a esse ambiente de incertezas. Na verdade, diante de  todos esses murmúrios e frases soltas sobre o nosso amanhã, que põem em guarda a militância ressabiada, a pergunta que não quer calar e exige uma resposta clara é: Que partido será esse que se pretende criar?  E qual é o seu ideário? O PSDB vai deixar de ser socialdemocrata? Vai abandonar seu compromisso com a justiça social e se jogar nos braços do mercado de corpo e alma? Vai atirar no lixo sua bandeira do parlamentarismo, joia do seu Manifesto de Fundação?

E ainda, com que argumentos vamos defender os significativos avanços alcançados pela gestão do Presidente Fernando Henrique Cardoso, que mudaram radicalmente o quadro socioeconômico do país, se de repente dermos uma forte guinada à direita?

Estamos realmente num impasse para encontrar respostas que deem segurança às bases, especialmente a velha guarda. Se a maioria do grupo aqui presente tiver esses mesmos e outros questionamentos afins, sugiro que um tema referente a “definição de princípios programáticos” seja incluído em nossas reivindicações.

Entre os temas sugeridos pelo grupo para compor a pauta de hoje, alguns merecerão mais destaque e poderão ser examinados numa ordem a ser definida segundo consenso.

A presidente Yeda Crusius, se houver por bem, dará seu assentimento para que os temas prioritários sejam examinados na primeira parte das discussões, e também arbitrará a respeito do limite de temas desejável para se estabelecer uma pauta clara e concisa.

Ao organizar essa pauta, é importante ter em mente que, ao exercer sua função precípua de promover o bem comum, cabe ao Estado garantir, por meio de políticas públicas e de um conjunto de leis, os direitos fundamentais dos cidadãos, como educação, saúde, saneamento básico, moradia digna, segurança, emprego, liberdade de se manifestar e associar, ou seja, os direitos fundamentais, inscritos na Declaração Universal dos Direitos Humanos. E cabe aos partidos políticos, como pretendentes a ocupar os mais altos postos na hierarquia governamental, explicitar em seus programas a linha de pensamento que vai nortear suas propostas e ações, bem como as medidas que pretende implementar, caso se concretize sua aspiração de governar o país.

O PSDB precisa afrontar essa ineludível realidade. O momento é este. Queremos um partido afirmativo e transparente. Como vimos, pesquisa recente mostrou que a sociedade brasileira amadureceu muito com as agruras destas últimas décadas e rejeita vigorosamente a política do faz de conta, da enganação, da dubiedade, a política que fica em  cima do muro.

Nesse sentido, entendo que é sob esse enfoque que devemos eleger os itens que vão expressar a vontade do PSDB-Mulher no IV Congresso do PSDB”.

Assista: