Ao participar da reunião para tratar de resultados obtidos com a Operação Acolhida, na 1ª Brigada de Infantaria de Selva, em Roraima, na semana passada, a deputada federal Shéridan (RR) defendeu que se torne prioridade a interiorização dos imigrantes venezuelanos que desembarcam no estado. Participaram também os vereadores que compõem a comissão que trata dos impactos da Crise Migratória em Boa Vista, além de deputados estaduais e federais.
Para a deputada Shéridan, é notório que a participação efetiva do Exército à frente das ações realizadas principalmente em Boa Vista e Pacaraima, é fundamental.
“É inegável os efeitos que nosso estado tem sofrido com esse aumento do fluxo de imigrantes e sempre tenho ressaltado que viveríamos esse caos se não tivéssemos o devido apoio”, disse a parlamentar.
Em seguida, Shéridan ressaltou que a crise é um problema do Brasil e não exclusivamente de Roraima. “É de extrema relevância organizar os atendimentos e acolhida aqui em nosso estado sim, mas, sobretudo, é mais eficaz ainda, estimular a interiorização”.
Para a tucana, é importante observar cada caso isoladamente para definir medidas eficientes. “Não se pode colocar em pé de igualdade todas as pessoas que chegam aqui, nem tampouco responsabilizá-las pelos entraves que nossa cidade ou nosso Estado experimentam.”
Imigrantes venezuelanos em Roraima/ABr
Dados
O coronel Eduardo Migon, chefe da Seção de Planejamento da Força-Tarefa da Operação Acolhida, apresentou números referentes aos resultados obtidos com a ação. Segundo ele, são 6 mil venezuelanos nos abrigos e 15 mil interiorizados.
“Um número que pode parecer expressivo, mas se observado juntamente com a demanda que cresce diariamente será evidente a necessidade de apoio para levar essas pessoas que chegam a Roraima para outros Estados”, ressaltou o militar.
Para o coronel, a operação apresenta resultados práticos eficientes. “O Brasil está mostrando ao mundo como lidar com o fluxo migratório. Acolhemos essas pessoas e nosso objetivo é recebê-las e inseri-las na sociedade brasileira.”
Necessidades
Para o coronel Eduardo Migon, é preciso reconhecer e divulgar os números, especialmente de pessoas qualificadas profissionalmente que chegam, diariamente, ao Estado.
“Fato é que parte da população estigmatizou os imigrantes como responsáveis, exclusivos, pelas mazelas do sistema público. Precisamos mostrar o que a crise trouxe de positivo também, como o número de pessoas qualificadas e aptas para o mercado de trabalho”, disse o militar.
*Com informações das redes sociais da deputada federal Shéridan Oliveira (RR).
