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Aumento da participação das mulheres na política é prioridade para a bancada feminina na Câmara

Dados da ONU mostram que um em cada cinco ministros é uma mulher, mas em relação aos chefes de estados a participação feminina caiu de 7,2 para 6,6 por cento, nos últimos dois anos.

Já em relação à participação de mulheres no parlamento, a pesquisa mostra que o crescimento foi de 0,9 ponto percentual nos 50 países que realizaram eleições em 2018.

No Brasil não foi diferente, mas mesmo assim a representatividade das mulheres ainda é muito baixa, por isso aumentar a participação política das mulheres sempre foi uma das prioridades da bancada feminina na Câmara.

A coordenadora da bancada, deputada Professora Dorinha Seabra, do Democratas de Tocantins, destacou que é preciso incentivar a participação das mulheres na política com disputas eleitorais em igualdade de condições.

“Nós precisamos garantir que um maior número de mulheres sejam chamadas para a participação na vida política. O maior enfrentamento nosso é desarmar a fachada que existe de que as mulheres não querem ou não gostam de política e por isso existe uma dificuldade de encontrar candidatas. As candidatas estão nas suas diferentes áreas de atuação, o que elas precisam é de apoio para que esse projeto que não é individual ele se concretize a partir do apoio da bancada feminina de formação, de empoderamento e de recursos.”

Para a professora de ciência política da Universidade de Brasília, Flávia Biroli, somente com a adoção do sistema de cotas é possível aumentar a representatividade das mulheres nos três poderes. Flávia Biroli destacou que a lei de cotas femininas criada em 1997 vem sendo aperfeiçoada ao longo dos anos.

“E ela foi principalmente aprimorada pela resolução do TSE de 2018 que define que 30% do financiamento eleitoral e do tempo de mídia seja direcionado pelos partidos às candidaturas das mulheres. Por que? Porque sem recurso elas se candidatam, mas elas concorrem com uma desvantagem enorme em relação aos homens.”

Para Flávia Biroli, um bom exemplo da mudança na lei é que nesta legislatura houve um aumento no número de deputadas de 10 para 15 por cento, mas ainda longe do ideal que seria pelos menos 50 por cento.

*Da Agência Câmara 

Reportagem – Karla Alessandra